O surto de legionella que afeta a região do Grande Porto causou mais uma morte, esta quinta-feira, elevando para 10 o número de óbitos registados, avançou fonte da Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-Norte).
Segundo a mesma fonte, o óbito verificou-se no Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, onde continuam internadas cinco pessoas. Das 48 que deram entrada nesta unidade hospitalar desde o início do surto, a 29 de outubro, oito morreram.
No Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim, onde segundo a ARS-Norte também não houve um aumento no número de casos diagnosticados, estão internadas duas pessoas. Das 29 ali assistidas, duas morreram.
Já no Hospital São João, no Porto, segundo a ARS-Norte, estão internadas quatro pessoas, das 10 que deram entrada nesta unidade de saúde.
Assim, no total, o surto de legionella, que afetou os concelhos de Matosinhos, Vila do Conde e Póvoa de Varzim, já registou 87 casos, sendo que 11 pessoas continuam internadas e 10 acabaram por morrer devido a complicações associadas com a doença.
Na semana passada, as autoridades de saúde confirmaram que foi detetada a presença de legionella numa das torres de refrigeração do centro de distribuição da empresa de laticínios Longa Vida, em Perafita, no concelho de Matosinhos.
A empresa revelou, em comunicado, que tinha desligado “preventivamente” o equipamento, a 10 de novembro, informando que “não recebeu informação sobre a correlação entre a presença desta bactéria” nas torres de refrigeração e a origem do surto.
O Ministério Público já tinha antes anunciado a abertura de um inquérito para investigar as causas do surto.
A doença dos legionários, provocada pela bactéria Legionella Pneumophila, contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.
// Lusa