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Trump não reúne com a “task force” da covid-19 há cinco meses, escreve o The Washington Post

Chris Kleponis / EPA Pool

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não participa há pelo menos cinco meses numa reunião da comissão de acompanhamento da pandemia da covid-19 da Casa Branca, foi esta segunda-feira revelado.

A notícia é avançada pelo jornal norte-americano The Washington Post, que ouviu um oficial sénior ligado a esta “task force” da CAsa Branca.

De acordo com o mesmo jornal, Donald Trump já não desempenha um papel ativo na gestão da resposta à crise pandémica, não tendo mesmo tomado decisões de fundo sobre o tema desde que perdeu as eleições para Joe Biden.

Os Estados Unidos registaram 170.590 casos de covid-19 nas últimas 24 horas, segundo uma contagem independente da Universidade Johns Hopkins.

De acordo com os números contabilizados pela instituição até às 20h00 de sábado, hora local (01h00 em Lisboa), o país acumulou mais de 10,8 milhões de casos desde o início da pandemia, contando ainda 245.568 mortos ((1.351 só nas últimas 24 horas).

O número de infeções nos Estados Unidos tem vindo a aumentar, superando os 120 mil por dia na última semana. Dois estados, Texas e Califórnia, já ultrapassaram um milhão de casos desde o início da pandemia. Os Estados Unidos são o país com mais mortes provocadas pelo novo coronavírus SARS-Cov-2, responsável pela covid-19, e também com mais casos de infeção confirmados (10.884.591).

“Normalidade relativa” na segunda metade de 2021

O principal epidemiologista da Casa Branca, Anthony Fauci, considerou que os Estados Unidos poderão regressar a uma “normalidade relativa” no segundo ou terceiro trimestre de 2021, advertindo, contudo, que isso depende de vários fatores, como a futura vacina.

“Temos de fazer com que as pessoas sejam vacinadas, pois se conseguirmos que a esmagadora maioria a receba e, por um lado, esta seja eficaz e, por outro lado, haja um alto nível de utilização, poderemos começar a fazer as coisas voltar a uma normalidade relativa à medida que entrarmos no segundo e quarto trimestres do ano“, disse Fauci, entrevistado pela cadeia de televisão CNN.

Ainda assim, insistiu que terão de verificar-se uma série de fatores: “Temos uma vacina, tem de ser distribuída e não podemos abandonar medidas fundamentais de saúde pública. Pode-se alcançar-se um grau de normalidade ao mesmo tempo que se fazem coisas fundamentais para a saúde pública”.

Questionado sobre o processo de transição da administração de Donald Trump para o futuro Governo do democrata Joe Biden, Fauci opinou que o desejável é que os funcionários governamentais comecem a trabalhar o quanto antes com a equipa do antigo vice-presidente de Barack Obama (2009-2017) no que se refere à crise sanitária.

“Claro que seria melhor se pudéssemos começar a trabalhar com eles”, disse o diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas (NIAID em inglês).

“Como sabe, atravessei múltiplas transições, tendo trabalhado ao longo de 36 anos para seis presidentes. E é muito claro que o processo de transição que estamos a atravessar é realmente importante para uma passagem tranquila da informação, é como se fosse a passagem do testemunho numa corrida”, acrescentou. Fauci advertiu ainda: “Não se quer parar e passar a alguém, essencialmente o que se deseja é continuar”.

ZAP // Lusa

 

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