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Pompeo garante “transição pacífica” para segundo mandato de Trump. Biden pondera recorrer a Tribunal

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Gage Skidmore / Flickr

O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo

O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, recusa reconhecer a vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais dos EUA, e prometeu uma “transição pacífica” para um segundo mandato de Donald Trump. Biden já começa a pensar numa estratégia para avançar com a transição.

“Vamos contar todos os votos”, disse Mike Pompeo, durante uma conferência de imprensa, garantindo que os líderes de todo o mundo estão cientes de que se trata de um “processo legal”, que “demora tempo”, referindo-se às recontagens de votos e às queixas apresentadas pelos republicanos sobre os resultados eleitorais em vários estados.

“O mundo deve estar totalmente confiante de que a transição necessária para que o Departamento de Estado esteja efetivamente operacional hoje e efetivamente operacional para o Presidente que assumirá o cargo na tarde de 20 de janeiro será uma transição bem-sucedida”, disse o chefe da diplomacia norte-americana.

Pompeo demonstrou estar em sintonia com a posição de Donald Trump, que tem utilizado a sua conta pessoal na rede social Twitter para dizer que venceu as eleições e que a candidatura de Joe Biden e os democratas estão a tentar reclamar vitória indevidamente, com recurso a “fraude eleitoral”.

“Este departamento está totalmente empenhado em garantir que as eleições em todo o mundo sejam seguras, livres e justas. Os meus agentes estão a arriscar as suas vidas para garantir que este também seja o caso”, insistiu Pompeo, dizendo ser “ridículo” assumir que a posição de Donald Trump está a prejudicar esses esforços.

Vários líderes de países aliados dos Estados Unidos, desde a França ao Reino Unido e a Alemanha, incluindo a Turquia, Arábia Saudita e até Israel, já saudaram Joe Biden pela sua eleição.

Contudo, o Presidente cessante continua a recusar reconhecer a sua derrota e promete lutar na justiça para conseguir a reversão dos resultados, alegando que houve fraude eleitoral, embora não apresente evidências dessa acusação.

No campo republicano, apenas alguns senadores moderados reconhecem a vitória do democrata, com muitos outros a colocarem-se ao lado de Donald Trump e ainda outros a apenas assumirem ser necessário que o processo chegue ao seu termo, após recontagens de votos e decisões judiciais ainda em suspenso.

Biden pondera recorrer a Tribunal

A equipa de transição de Joe Biden está a considerar avançar para os tribunais devido ao atraso da Administração de Serviços Gerais (ASG) em reconhecer o democrata como Presidente eleito.

Esta atitude da administração Trump faz com que estejam a ser bloqueados fundos monetários, escritórios nas agências federais e acesso a informação confidencial necessária para o Presidente eleito preparar a sua tomada de posse.

Ações legais são, certamente, uma possibilidade, mas existem outras opções que também estamos a considerar”, afirmou a campanha de Joe Biden em comunicado, citado pela Reuters.

Segundo a CNN, Joe Biden disse, durante o último fim-de-semana, que pretende dar mais algum tempo ao Partido Republicano e ao Presidente Donald Trump para aceitarem o resultado das eleições antes de tomar medidas mais drásticas.

Para que o processo de transição seja oficialmente iniciado, a administradora da ASG tem de assinar um documento que desbloqueia mais de 6,3 milhões de dólares para a equipa de transição de Joe Biden, fundos federais que serão utilizados para pagar salários e outras despesas até à tomada de posse marcada para 20 de Janeiro.

Para além disso, a campanha do Presidente recebe automaticamente acesso às várias agências federais e a informação classificada, nomeadamente em questões de Segurança Nacional.

ZAP //

14 Comments

  1. A extrema esquerda caceteira e arruaceira e a ala Islamita e iraniana do Obama não se conforme com uma VERIFICAÇÃO rigorosa e judicial da votação em 5 Estados que podem dar a vitória a Trump. Nao querem por o sistema eleitoral a dos EUA acima de qualquer suspeita.
    As mesas de contagem democratas recusaram a presença e vigilância de delegados dos republicanos. Votos de mortos e ausentes e incapacitados, votos de não residentes… duplicação de contagens, foram as tripa forra.

    • Se é como diz, qualquer um faz o que muito bem entende e certamente pela mesma ordem onde Trump ganhou, só lá estariam republicanos a fazer a contagem, em pleno século XXI e num país desenvolvido como os USA não me parece que as coisas funcionem assim tanto à moda da idade da pedra, embora por lá exista muita porcaria desnecessária.

    • Pombeiro, o que diz é mentira. Você subscreve o delírio de um homem que não sabe perder. É de uma infantilidade enorme considerar que nos Estados onde Trump ganhou não houve falcatrua, e nos Estados onde perdeu houve. LOL. Toda a comunicação social cita entidades republicanas e democratas que supervisionaram as eleições e todos concordam que a contagem de votos foi limpa. O que o Trump está a tentar fazer é dar um Golpe contra a Democracia. É o que as Repúblicas das Bananas costumam fazer. Os Estados Unidos mereciam melhor. Trump vai sair deste conflito completamente desmoralizado e sujo.

  2. O que eu acho piada, é que os mesmos que andam a gritar para toda a gente ouvir que houve fraude e que milhares ou milhões de boletins de voto foram fraudulentos, andam alegremente a celebrar as vitórias Republicanas no Senado e na Câmara dos Representantes, esquecendo-se que os boletins de voto são os MESMOS! Se são fraudulentos e não contam para a eleição do Presidente, também não contam paras as eleições do Senado e da Câmara. Fico à espera de uma resposta sua! Quanto a “mesas de contagem democratas recusaram a presença e vigilância de delegados dos republicanos”, isto é pura mentira! Os locais de contagem têm câmaras em directo a transmitir permanentemente, nomeadamente, Filadélfia, Detroit e Atlanta. Houve sempre representantes presentes tanto dos Democratas como dos Republicanos. Aliás, todos os processos movidos pelo Trump foram anulados pelos tribunais exactamente por esta razão. Não quer isto dizer que não possam ter ocorrido irregularidades, mas isso há sempre, é insignificante, e não favorece só um dos candidatos!

    • Existem divergências na quantidade de votos para presidente e para senador em diversos estados, o que comprova que houve fraude apenas na contagem dos votos para presidente. Procure na internet e encontrará diversas notícias sobre esta situação.

      • Você apercebe-se da absurdidade do que está a dizer? Os boletins de voto são os MESMOS! O mesmo boletim de voto não pode ser ilegal para a eleição do Presidente e legal para a eleição para o Senado! E se os Democratas de facto falsificaram milhares de votos, porque é não falsificaram em cada boletim tanto o voto para Presidente como o voto para o Senado? Não faz sentido.

  3. Quem engole sem sentido crítico o que a narrativa imposta vomita, só invoca disparates. São papagaios. Será que duvidam de uma verificação e recontagem controlada pela justiça. Será que não se conformam com os resultados FACTUAIS, espantosos obtidos por Trump em 4 anos de governação, apesar de uns midia corruptos de narrativas pagas?

  4. António Pombeiro, custa ser comedido com tamanhas barbaridades. «Extrema esquerda» nos EUA? Depois de quatro anos de trumpismo, em que os termos Caceteiro e Arruaceiro foram redefinidos, chega a habilitação de herdeiros do mais miserável e patético defunto que a América já produziu. Espantoso como um europeu, qualquer que ele seja, se identifica com tal retrocesso civilizacional. Deixe-me ver se adivinho: você é um indefectível do “nosso” Trump à portuguesa, o (a)Ventura. Orgulhosamente xenófobo, inquebravelmente racista, até aposto…

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