André Kosters / Lusa
O Conselho de Ministro reúne no próximo sábado para discutir novas medidas para conter a propagação do novo coronavírus e em cima da mesa está o regresso ao teletrabalho e medidas de restrição à circulação.
A revelação foi feita pela líder parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes, no programa da Circulatura do Quadrado, da TSF. A parlamentar deixou ainda claro que em cima da mesa não está um regresso ao confinamento, tal como aconteceu em março.
“Não é um confinamento como tivemos e experimentamos em março, é uma limitação à circulação das pessoas para que não haja tanto aglomerado”.
O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, tinha já defendido nesta esta quinta-feira que as novas restrições para combater a pandemia no país seriam a nível territorial e mais circunscritas, num modelo que ainda terá que ser estabilizado.
“E essas restrições serão com certeza ao nível mais dos territórios, para que outros territórios que não estão tanto sobre pressão possam respirar do ponto de vista económico e social”, admitiu, numa entrevista ao podcast Política com Palavra do Partido Socialista.
Ana Catarina Mendes revelou que o Governo deverá apostar no regresso ao teletrabalho para ajudar a travar o novo coronavírus. Trata-se de uma “uma tentativa de que as pessoas que possam fiquem a trabalhar em casa a partir do teletrabalho, que se vá às escolas e que se mantenha dentro do que é possível a normalidade da vida, mas com horários muito reduzidos e com situações muito reduzidas”.
“Estando nós em estado de calamidade para todo o país, tendo a imaginar que no próximo sábado sejam tomadas algumas medidas desta natureza, para os concelhos onde a situação está pior“, disse ainda no programa da TSF.
O primeiro-ministro, António Costa, deixou todos os cenários em aberto, não excluindo o regresso ao estado emergência, recordando, contudo, que o combate à pandemia é uma “corrida de longo curso, e não de 100 metros”.
A mesma posição tomou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que falou em calibrar medidas e restrições, admitindo falar ao país na próxima semana.
