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China anuncia mecanismo para restringir empresas estrangeiras

World Economic Forum / Flickr

O presidente da China, Xi Jinping

O Governo chinês anunciou este sábado a criação de um mecanismo para restringir as atividades de empresas estrangeiras, medida vista como uma represália contra os Estados Unidos.

O anúncio do Ministério do Comércio chinês, efetuado no meio da crescente tensão entre Pequim e Washington, não identificou qualquer empresa estrangeira.

De um modo geral, menciona uma série de situações que podem colocar as empresas numa futura “lista de entidades não fiáveis“, passíveis de multas, restrição de atividades ou entrada de material e de pessoal na China.

Esta lista incluirá as empresas cujas atividades “causem dano à soberania nacional da China e aos seus interesses em matéria de segurança e de desenvolvimento” ou que violem “as regras económicas e comerciais internacionalmente aceites”, de acordo com o Ministério.

Este anúncio surgiu depois de os Estados Unidos terem proibido o descarregamento, a partir de domingo, das aplicações TikTok e WeChat dos gigantes chineses ByteDance e Tencent, respetivamente.

Em comunicado, o Ministério do Comércio chinês acusou Washington de intimidação ao proibirem o descarregamento, da TikTok e da WeChat, e ameaçou retaliar. “Se os Estados Unidos persistirem nas suas ações unilaterais, a China tomará as medidas necessárias para proteger de forma resoluta os direitos e os legítimos interesses das empresas chinesas”.

As tensões entre os Estados Unidos e a China estão a aumentar, desde agosto, quando o Presidente norte-americano, Donald Trump, em campanha eleitoral para a reeleição, apresentou um ultimato à TikTok, que acusou de espionagem industrial a favor de Pequim, sem ter divulgado quaisquer provas.

O gigante das telecomunicações chinês está também numa “lista negra” norte-americana para a impedir de adquirir tecnologias dos Estados Unidos indispensáveis aos telemóveis que produz.

Washington estão também a pressionar a Europa para que exclua a Huawei das futuas redes de telecomunicaçoes móveis de quinta geração (5G).

// Lusa

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