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Trump visitou Kenosha e apontou o dedo aos democratas pelos confrontos

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Stefani Reynolds / EPA

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump

O Presidente dos Estados Unidos deslocou-se à cidade de Kenosha, no Wisconsin, esta terça-feira, onde criticou a “destruição” provocada pelos confrontos e responsabilizou os líderes democratas locais pela situação.

Kenosha tem sido palco de protestos desde que, no passado dia 23 de agosto, o afro-americano Jacob Blake foi alvejado nas costas com sete tiros por um agente policial.

Na véspera da sua chegada à cidade do estado do Wisconsin, Donald Trump defendeu o adolescente, que é seu apoiante, acusado de ter alvejado mortalmente dois homens durante uma manifestação, na semana passada.

Em conferência de imprensa, o republicano argumentou que Kyle Rittenhouse “poderia ter sido morto” pelos manifestantes se não tivesse disparado, sugerindo que agiu em legítima defesa.

“Estava a tentar fugir deles. Depois caiu e eles atacaram-no com muita violência. Imagino que estivesse num enorme sarilho. Poderia ter sido morto. Mas estamos a investigar”, disse o Presidente dos EUA, citado pelo jornal Público.

Já esta terça-feira, pouco depois de ter chegado a Kenosha – visita que foi contestada pelos líderes do Estado e da cidade –, o Presidente norte-americano deslocou-se a locais onde eram visíveis sinais de violência e fogo.

A coluna automóvel de Trump passou entre apoiantes e contestatários, alguns dos quais com cartazes onde se lia “Black Lives Matter” (“A Vida dos Negros Importa”).

Uma massiva presença policial, completada com vários veículos blindados, garantia a segurança do Presidente, além de terem sido erigidas barricadas ao longo do percurso, para impedir que as pessoas se aproximassem da caravana automóvel durante a sua deslocação.

O governador do Wisconsin, Tony Evers, pediu a Trump para que se mantivesse afastado da cidade, por receio de as tensões locais se agravarem. “A sua presença preocupa-me, porque pode prejudicar o nosso esforço de estabilização”, disse.

Segundo o jornal online Observador, que cita o New York Times, o Presidente não se reuniu com a família de Blake porque, segundo ele, esta queria envolver advogados. Em vez disso, Trump esteve reunido, num evento de mesa redonda, com forças policiais e xerifes locais.

Sinto-me mal por qualquer pessoa que passe por aquilo, mas, como sabem, o caso está sob investigação. Espero que cheguem à verdade”, afirmou, sobre Jacob Blake.

Trump desculpou ainda os polícias envolvidos em tiroteios, dizendo que “estão sob uma enorme pressão e não lidam bem com isso”. “Entram em choque, acontece”, acrescentando que “a polícia faz um incrível trabalho”, mas “que pode haver algumas maçãs podres”.

O Presidente acusou os democratas, que lideram o Wisconsin e Kenosha, pela situação. “Políticos imprudentes de extrema esquerda continuam a defender a mensagem destrutiva de que a nossa nação e as forças de segurança são opressivas ou racistas. Na verdade, devemos é mostrar um apoio muito maior às nossas forças da lei”, afirmou.

Trump disse ainda que o seu rival nas eleições Presidenciais, o democrata Joe Biden, alinhava com “anarquistas” e “amotinados” nos tumultos.

Biden tem responsabilizado Trump pelos protestos violentos, mas este, sob o lema ‘lei e ordem’, tem proclamado o seu apoio à polícia e dito que é o mais bem posicionado para dar segurança aos EUA.

Aberta investigação à morte de outro afro-americano

As autoridades norte-americanas estão a investigar a morte de outro afro-americano às mãos da polícia, neste caso num bairro pobre de Los Angeles, que morreu, na segunda-feira, após ser atingido a tiro.

A informação foi divulgada pelo Gabinete do xerife do Condado de Los Angeles, através do tenente Brandon Dean, que não revelou a identidade da vitima, em declarações ao jornal local Los Angeles Times.

De acordo com o relatório da ocorrência, o homem foi detido quando circulava numa bicicleta em violação do código da estrada, tendo deixado a bicicleta para trás e fugido dos agentes.

A polícia conseguiu alcançá-lo e foi nesse momento, segundo Dean, que o jovem “acertou no rosto de um dos polícias” com um soco, deixando cair uma bolsa com vários objetos, incluindo uma arma.

“Os polícias repararam que estava uma pistola semiautomática dentro da pilha de roupas”, continuou o tenente.

Os agentes abriram fogo e o homem, atingido por várias balas, morreu no local.
“Eles estava na posse de uma arma de fogo e atacou um polícia”, insistiu Dean, indicando que foi aberta uma investigação ao caso.

Embora as autoridades não tenham identificado a vítima, os familiares asseguraram em declarações ao canal de televisão CBS de Los Angeles que é Dijon Kizze, de 29 anos.

Após o incidente, cerca de uma centena de pessoas reuniram-se convocadas pela organização “Black Lives Matter” através das redes sociais.

Nos últimos meses, os Estados Unidos foram palco de contínuas manifestações por todo o país que, por vezes, chegaram a confrontos e desencadearam a declaração do estado de emergência em várias cidades e a mobilização de efetivos da Guarda Nacional.

Estas manifestações antirracismo e contra a violência policial foram desencadeadas pelo caso de George Floyd, um afro-americano que morreu asfixiado pelo joelho de um polícia, em maio, na cidade de Minneapolis.

ZAP // Lusa

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1 Comment

  1. O movimento BLM teve origem numa mentira (hands up, don’t shoot), confirmada posteriormente por evidências sólidas. E continua a abraçar e apoiar uma série de casos flagrantemente injustificados, o que descridibiliza ainda mais este movimento, que é mais político que outra coisa. Os motins têm sido claramente apoiados e alimentados pelos democratas, os media e outros movimentos anti-Trump. Trump irá vencer de forma ainda mais flagrante, tal como Boris Johnson.

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