O jornal Público avança este sábado que o Governo travou a venda de imóveis do antigo BPN avaliados em cerca de 265 milhões de euros.
De acordo com o matutino, a decisão partiu do Ministério das Finanças, liderado por João Leão, que deu instruções à Parvalorem – a sociedade criada para gerir os activos tóxicos herdados do antigo BPN – para interromper a venda da carteira de imóveis recentemente colocada no mercado com a designação de Projeto Miraflores.
A decisão de mandar suspender a venda de ativos, ainda que temporária, travou a venda de um pacto que não só incluiu dezenas de imóveis, a maioria comerciais e concentrados em Lisboa e no Porto, mas também também a própria sociedade gestora Imofundos.
O Público tentou, sem sucesso, obter esclarecimentos do Ministério das Finanças.
A Parvalorem, por sua vez, explicou ao matutino que a sua “missão, e das restantes empresas PARs, é a maximização da recuperação dos ativos resultantes da nacionalização do BPN”. E que, “nesse âmbito, e em consonância com o plano estratégico, tem vindo a ser estudada a possibilidade de alienação dos principais fundos sob gestão”.
“Assim, procurando percecionar uma reação a uma potencial transação, iniciou-se recentemente um processo de auscultação do mercado (Market Sounding)”.
A transação era intermediada pela Alantra é representada por Ana Rita Barosa, a ex-assessora de Ricardo Salgado, que é visada no processo ES Enterprise, o saco azul do GES.