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Tribunal emite ordem de prisão contra o diretor-geral do porto de Beirute

Nabil Mounzer / EPA

Um tribunal libanês emitiu, esta terça-feira, uma ordem de prisão contra o diretor-geral do porto de Beirute, após ter sido interrogado durante quatro horas, duas semanas depois da explosão que devastou a capital.

O juiz libanês Fadi Sawan, que tem a cargo a investigação sobre a explosão, a 4 de agosto, que matou pelo menos 180 pessoas e feriu mais de seis mil, emitiu a ordem de prisão contra Hassan Koraytem, que até agora estava sob prisão domiciliária, informou a Agência Nacional de Notícias libanesa (ANN).

Koraytem e o diretor-geral das Alfândegas do Líbano, Badri Daher, foram colocados em prisão domiciliária devido à sua eventual responsabilidade na explosão de 2750 toneladas de nitrato de amónio armazenado há seis anos no porto, sem vigilância, três dias depois da tragédia.

Já foram detidas mais de 20 pessoas, entre funcionários do porto e da alfândega.

Esta semana, está prevista a chegada à capital libanesa de uma equipa da polícia federal dos Estados Unidos (FBI) para participar na investigação do sucedido. Diversos especialistas nacionais e estrangeiros, inclusive da ONU, pediram a abertura de uma investigação internacional.

Segundo a agência Reuters, o Governo estava ciente da presença de tamanha quantidade de produtos químicos e dos seus perigos no meio da capital, de acordo com alguns funcionários e fontes de segurança.

Parte da cidade ficou destruída e as explosões criaram uma cratera com 43 metros de profundidade.

A grande quantidade de nitrato de amónio terá sido confiscada a um navio, em 2013, que pertenceu a um cidadão russo que vivia no Chipre. O navio terá chegado à capital libanesa, enquanto viajava da Georgia para Moçambique, devido a problemas mecânicos.

Na semana passada, o Governo do Líbano demitiu-se em bloco. Os ministros vão continuar a exercer funções em cargos interinos até ser encontrada uma solução definitiva.

ZAP // Lusa

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