A Sociedade Geográfica Russa anunciou as primeiras descobertas de um barco naufragado a meados do século XVIII perto da ilha Moschny, localizada no golfo da Finlândia.
De acordo com o Russia Today, acredita-se que se trate de um “tjalk”, um tipo de veleiro de carga holandês que navegava em direção a São Petersburgo com um carregamento de centenas de garrafas de álcool.
O naufrágio, descoberto a mais de 50 metros de profundidade por marinheiros da Marinha Russa em 2018, foi inicialmente detetado como um grande pedaço de madeira.
Em agosto de 2020, cientistas do Centro de Pesquisas Subaquáticas da Sociedade Geográfica Russa começaram a estudar os destroços em detalhes e encontraram uma carga composta por centenas de garrafas de vidro dentro do navio. Eram largas e estreitas, algumas fabricadas e outras feitas à mão, reflexo de toda a variedade da indústria do vidro do século XVIII.
A maioria das garrafas está partida, o que torna impossível determinar a bebida que continham, mas algumas preservaram um selo especial que era reservado para recipientes de gim.
“É difícil dizer exatamente o que havia nas garrafas, porque agora já existe uma substância repugnante. Várias garrafas cheiram a agulhas de pinheiro e folhas de eucalipto”, disse Roman Prokhorov, arqueólogo subaquático e restaurador do Centro de Pesquisa Submarina.
Investigadores da Sociedade Geográfica Russa já contactaram especialistas do Museu Hermitage, que afirmam que tais recipientes nunca apareceram no seu acervo, de acordo com o comunicado no site oficial da Sociedade Geográfica Russa.