O presidente do Governo regional da Catalunha abordou, esta segunda-feira, o aumento de casos na região e ameaçou a população com um novo confinamento.
“A situação é muito crítica (…). Se continuarmos com este ritmo de vida social só vamos piorar a situação”, disse o presidente da Generalitat, Quim Torra, citado pelo jornal Diário de Notícias.
O presidente do Governo regional da Catalunha disse mesmo que, se a situação epidemiológica não apresentar uma evolução positiva nos próximos 10 dias, terá de tomar medidas mais restritivas, como é o caso do regresso ao confinamento total.
“Trata-se de uma situação demasiado grave para não se dar importância. O aumento de casos é preocupante. Estamos a enfrentar os dez dias mais importantes deste verão (…). Se não conseguirmos, teremos de fazer um retrocesso”, avisou.
“Está nas nossas mãos. Não quero que este país volte a março. Faremos tudo para que isso não aconteça. É um esforço coletivo e solidário”, apelou ainda.
Segundo o diário, numa semana, a Catalunha registou mais dois mil casos, passando de cerca de 3500 para 5500. Os casos de infeção são, sobretudo, de faixas etárias mais jovens.
Em Barcelona e noutros 13 municípios, já foram tomadas medidas para tentar conter a propagação do novo coronavírus: as praias estão com limitações de capacidade; a vida noturna está encerrada e não são permitidos ajuntamentos com mais de 10 pessoas.
No último sábado, o Reino Unido excluiu Espanha da lista de países seguros, obrigando os viajantes provenientes de todas as regiões deste país a uma quarentena de 14 dias.
O Governo espanhol já reagiu, dizendo que é “um país seguro” e que, tal “como outros países europeus, tem surtos”, o que “não é incomum”.
Espanha regista, desde o início da pandemia, mais de 272 mil infetados, dos quais mais de 28 mil perderam a vida.
Coronavírus / Covid-19
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