A China registou este domingo o maior aumento de casos desde abril. Entretanto, a Coreia do Sul veio a público negar que o primeiro caso suspeito na Coreia do Norte esteja infetado.
A China registou mais 61 casos de covid-19 nas últimas 24 horas – o maior aumento desde abril. Destes, 41 são na região de Xinjiang e 14 na província de Liaoning.
Estes dois surtos ocorreram por transmissão local, assim como mais dois casos diagnosticados na província de Jilin. Xinjiang fica no extremo noroeste da China, enquanto Liaoning e Jilin são províncias vizinhas, que se situam no nordeste do país.
As autoridades de saúde chinesas revelaram que mais quatro casos foram diagnosticados em viajantes estrangeiros, os chamados casos “importados”.
As autoridades de saúde acrescentaram que, até à meia-noite (17h de domingo em Lisboa), dez pacientes tiveram alta, fixando o número total de casos activos no país asiático em 339, entre os quais 21 permanecem em estado grave.
Entretanto, a Coreia do Norte declarou “emergência sanitária máxima”, decretando o isolamento da cidade de Kaesong, na sua fronteira com o Sul, após detetar um caso suspeito, o primeiro anunciado pelo regime.
Segundo o país, tratava-se de um cidadão norte-coreano que se havia mudado para a Coreia do Sul há três anos e que terá regressado ao país depois de “atravessar ilegalmente”, na semana passada, a fronteira militarizada que separa os dois países.
Esta segunda-feira, a Coreia do Sul veio dizer que o homem não estava infetado nem esteve em contacto com casos confirmados de covid-19, de acordo com o Diário de Notícias.
“A pessoa não é registada como paciente de covid-19, nem classificada como pessoa que entrou em contato com doentes infetados pelo vírus”, disse Yoon Tae-ho, um oficial de saúde sênior, segundo a agência de notícias Yonhap.
Os testes de despiste que foram realizados a duas pessoas que tiveram contato próximo com o desertor deram resultado negativo, informaram ainda as autoridades de Seul.
Até agora, a Coreia do Norte reafirmou não registava um único caso de covid-19, acrescentando que o país “impediu completamente a invasão do vírus maligno”, apesar da crise sanitária que se regista em todo o mundo.
A nível global, muitos especialistas já demonstraram sérias dúvidas sobre a situação da pandemia na Coreia do Norte devido à proximidade da República Popular da China e por causa das infraestruturas sanitárias precárias do país.
A Coreia do Norte encerrou as fronteiras no princípio do ano, proibiu a entrada de turistas e mobilizou os profissionais de saúde a imporem uma quarentena de 14 dias a todos os cidadãos que apresentassem sintomas da doença.
Esta semana, o país anunciou que se vai juntar à corrida pelo desenvolvimento de uma vacina para a covid-19.
Vietname evacua 80 mil pessoas de Danang
O Vietname vai evacuar a região turística de Danang depois de três residentes terem tido testes positivos para o novo coronavírus durante o fim-de-semana, anunciou o Governo nesta segunda-feira.
Cerca de 80 mil pessoas, sobretudo turistas locais, serão retirados ao longo de quatro dias, com cerca de 100 voos diários a fazer a ligação com 11 cidades vietnamitas.
O Ministério da Saúde vietnamita pede que aqueles que saiam de Danang fiquem isolados em casa durante 14 dias.
O Vietname tem aplicado medidas severas de prevenção (tanto de quarentena como de testagem) e conta até agora 420 casos confirmados de infecção e nenhuma morte.
No sábado, o Vietname confirmou o primeiro caso de infeção local com covid-19 nos últimos 99 dias, colocando em quarentena pelo menos 50 pessoas que tiveram contacto com o doente. O Ministério da Saúde vietnamita informou que o doente, de 57 anos, sofreu os primeiros sintomas de pneumonia em 17 de julho.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 648 mil mortos e infetou mais de 16,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
ZAP // Lusa