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Von der Leyen grava mensagem de apoio a partido croata. Comissão “assume erros”, mas não lamenta

Dirk Vorderstraße / Flickr

A ministra da Defesa da Alemanha, Ursula Von Der Leyen

A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von Der Leyen, está a ser criticada por ter gravado um vídeo com uma mensagem de apoio ao primeiro-ministro croata, para as eleições do passado domingo.

Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, aceitou gravar um vídeo de apoio ao partido croata HDZ do primeiro-ministro croata, Andrej Plenković, que foi a votos este domingo.

A presidente da Comissão surge apenas alguns segundos no início do vídeo que junta vários líderes do Partido Popular Europeu (PPE) a repetirem a mesma mensagem – “Croácia Segura” – numa referência ao slogan de campanha do partido de Plenković.

De acordo com o Expresso, a Comissão assume que o vídeo foi filmado no estúdio da instituição e reconhece que foi um “erro” utilizar o edifício do Berlaymont como imagem de fundo. Além disso, um porta-voz do executivo comunitário admite que, na versão final, a alemã não deveria ter sido identificada como presidente, uma vez que falava a título pessoal.

Apesar de assumir erros “não intencionais”, Eric Mamer não os atribui a Von der Leyen, nem se desculpa pelo sucedido. O responsável adianta que já foram dadas instruções para que não se repita a mesma situação, caso a presidente venha a gravar um novo vídeo.

“A presidente foi informada dos erros e exprimiu muito claramente as instruções à sua equipa. Qualquer sequência que ela possa gravar de natureza política deve respeitar os artigos do código de conduta dos comissários e ela vai assegurar-se que os procedimentos apropriados sejam postos em prática para evitar no futuro este tipo de erros não intencionais”, afirmou à comunicação social.

O código de conduta prevê que os recursos da Comissão não sejam utilizados para campanhas nacionais, mas este não é visto como um problema. O porta-voz não cede às críticas que têm sido feitas a Von der Leyen por participar numa campanha nacional e interferir na vida política de um Estado-Membro.

“A presidente acha que é uma coisa boa para a democracia que os membros do colégio possam ter uma vida política ativa. É preciso que este tipo de coisas possam ser feitas, mas nas condições apropriadas. Ela gravou uma sequência breve no âmbito de uma campanha eleitoral e pensa que isto é efetivamente algo que deve poder ser feito”, disse.

“A presidente é membro do PPE e é a este título pode exprimir opiniões políticas“, justifica, adiantando que von der Leyen “acredita que respeitou, nas suas intenções, todos os seus compromissos”.

ZAP //

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