Os corpos decapitados de pelo menos cinco leões-marinhos encontrados nas costas de Vancouver, no Canadá, nos últimos meses sugerem que pode haver um serial killer de mamíferos marinhos à solta.
O LiveScience relata que pelo menos cinco leões marinhos decapitados deram à costa no Canadá nos últimos cinco meses. Em declarações à CTV News, Anne Hall, zoológa de mamíferos marinhos da Sea View Marine Sciences, empresa que usa acústica para monitorizar o movimento de animais marinhos, disse que os humanos são provavelmente os culpados.
“Para mim, parece intencional, seja por uma única pessoa ou por um grupo de pessoas”, disse a especialista. “Espero sinceramente que a Fisheries and Oceans Canada persiga esse caso para determinar quem está a fazer isto e levá-los à justiça, porque isto é uma violação da lei federal”.
As imagens indicam que as vítimas são leões-marinhos de Steller (Eumetopias jubatus). Estes animais, que vivem ao longo de partes da costa do Pacífico da América do Norte, Japão e Rússia, estão “quase ameaçados”, de acordo com a União Internacional para Conservação da Natureza.
São o quarto maior pinípede – grupo que inclui focas, leões marinhos e morsas -, uma vez que os machos podem atingir comprimentos de até 3,3 metros e pesar uma média de 1.000 quilogramas, de acordo com a Enciclopédia de Mamíferos Marinhos de 2009.
Deborah Short, residente de Nanaimo, uma cidade na ilha de Vancouver, contou que notou um leão-marinho sem cabeça enquanto passeava o seu cão pela praia em abril e decidiu tirar algumas footgrafias.
“No começo, pensei que fosse um tronco e, quando me aproximei, percebi que era um leão-marinho”, disse Short, em declarações à Vice. “Imediatamente caminhei nessa direção, apenas para descobrir que a cabeça tinha sido cortada. Fiquei enojada”.
Em junho, Short encontrou outro leão-marinho sem cabeça, próximo ao corpo de uma foca, de acordo com a Canadian Broadcasting Corporation (CBC). Outras pessoas que encontraram leões marinhos decapitados na área enviaram fotografias a Short. Em alguns casos, parece que o crânio limpo da criatura foi deixado ao lado do corpo.
Durante a sua pesquisa sobre leões-marinhos, Short aprendeu que vários grupos indígenas estavam a propor colher ou abater leões-marinhos, porque, à medida que a população de leões-marinhos crescia, o número de alguns salmões e outros peixes protegidos e ameaçados diminuiram. No entanto, não há indicação de que os leões-marinhos decapitados estejam relacionados com essa proposta.
O Departamento de Pesca e Oceanos do Canadá disse que estava a investigar o assunto. “De tempos em tempos, os indivíduos podem mexer com os animais encalhados”, disse um porta-voz. “Se for determinado que isso foi feito num esforço para sabotar intencionalmente as evidências, seria uma ofensa ao abrigo do Código Penal do Canadá”.
No Canadá, os leões-marinhos são protegidos pela Lei das Pescas e pela Lei das Espécies em Risco. Os leões-marinhos também são protegidos nos Estados Unidos pela Lei Federal de Proteção de Mamíferos Marinhos de 1972.
Anne Hall espera que as autoridades do Governo ordenem uma necropsia – autópsia animal – para saber mais sobre os leões-marinhos falecidos. “É absolutamente horrível e assustador que alguém neste litoral sinta que este é um curso de ação apropriado em relação a um mamífero marinho ou qualquer animal”, disse.
Não é a primeira vez que pinípedes decaputados dão à costa. Quatro leões-marinhos sem cabeça foram encontrados na ilha de Vancouver em 2013 e pelo menos 12 carcaças de focas foram encontradas nas margens do rio St. Lawrence, em Quebec, em 2014. Porém, ainda não se sabe porquê.
Tudo isto vítimas da crueldade humana que é a espécie mais devastadora do planeta.
Tal e qual,,,não há perigo número 1, pior que a mente da espécie humana,,, uns porque pagam bem pelo destrono só por poder ter, outros porque recebem bem por o fazer,,,