Portugal terá dois milhões de vacinas para a próxima época gripal

PAHO / WHO

A secretária de Estado Adjunta e da Saúde, Jamila Madeira, anunciou na quarta-feira “a maior compra de sempre de vacinas contra a gripe em Portugal: dois milhões de vacinas, mais 38% de aquisição”.

Segundo noticiou o Expresso, citando a agência Lusa, a responsável indicou que o objetivo é “salvaguardar que mais portugueses, numa circunstância também de maior risco, estarão protegidos no próximo inverno”. “Estamos a focar-nos sobretudo nos mais vulneráveis”, referiu.

“O Serviço Nacional de Saúde deve e continuará a ser a muralha que nos defende e protege, a rede insubstituível, um instrumento de igualdade e segurança para todos os portugueses, no qual continuamos a acreditar e a confiar”, disse, durante uma conferência de imprensa da Direção-Geral da Saúde sobre a situação epidemiológica no país.

“Não podemos nem perder o foco por razões ligadas à dimensão económica ou à dimensão emocional, nem esquecer que estamos no meio de uma pandemia e que temos de ter as regras de higiene, distanciamento social e etiqueta respiratória devidas para que esta não vença. Agora, como antes, devemos manter o foco e a disciplina na recomendação das recomendações, agora redobradas, exercendo a responsabilidade individual que nos é devida enquanto membros de uma comunidade e, como sempre dissemos, enquanto agentes de saúde pública”, acrescentou a secretária de Estado.

Jamila Madeira deixou o alerta: “esta epidemia continuará a colocar-nos permanentes desafios e adversidades, sobretudo adversidades no nosso, como noutros países, que queremos e vamos ultrapassar”.

Durante a mesma conferência, a diretora-geral da Saúde afirmou que o número de testes de covid-19 realizados em Portugal acompanha a evolução da situação epidemiológica, justificando o menor reforço de testagem com a diminuição do número de sintomáticos.

“É natural que à medida que a nossa epidemia vai tendo menos pessoas que apresentam sintomas, sejam testados menos indivíduos do que estavam a ser testados antes”, explicou Graça Freitas.

A diretora-geral esclareceu que as orientações internacionais vão no sentido de testar, com prioridade, todas as pessoas que apresentem sintomas. São também colocados sob vigilância os contactos próximos de todos os doentes infetados, contudo, nesses casos, a relevância dos testes é relativa.

“O teste, mesmo que dê negativo, implica que o contacto próximo de um doente tenha de ficar, por precaução, 14 dias em isolamento, portanto nem é o teste que determina o que vamos fazer a seguir”, frisou, considerando que “o país tem sido sempre muito assertivo nesta política de testes”.

Jamila Madeira assegurou que o país mantém uma forte capacidade de testagem, que será ativada sempre que necessário.

ZAP //

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