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FC Porto 1-0 Marítimo | Golo madrugador dá liderança isolada

O FC Porto voltou à condição de líder isolado da Liga NOS. Após o empate do Benfica na visita ao Portimonense, horas antes, o “dragão” recebeu o Marítimo e ganhou pela margem mínima.

Um só golo, apontado muito cedo no jogo por Jesús Corona, acabou por decidir a contenda, que foi muito complicada para o líder e que teve uma formação insular sempre muito perigosa no ataque. Prova das dificuldades dos anfitriões o facto de somente sete dos seus 15 remates terem acontecido na área contrária.

O jogo explicado em números

  • O regresso de Alex Telles à titularidade e a entrada de Zé Luís para o eixo do ataque foram as principais novidades de um Porto que não podia ter entrado melhor. Aos seis minutos, Jesús Corona fez um remate em “balão” que se aninhou junto ao poste direito da baliza de Charles. Ao segundo remate do jogo, primeiro golo. E ao primeiro disparo do Marítimo na partida, logo no lance seguinte, Daizen Maeda quase desfeiteava Agustín Marchesín.
  • Arranque muito animado de um jogo que, à passagem do primeiro quarto-de-hora, tinha 71% de posse de bola, três remates para os “dragões”, dois enquadrados, dois disparos para os visitantes. Mas a melhor situação a surgir nesta fase pertenceu aos insulares quando Maeda, ao segundo poste e com tudo para marcar, atirou ao lado. E a seguir foi Tagueu a obrigar Marchesín a grande intervenção.
  • O jogo tornou-se algo confuso e foi assim que chegou à meia-hora, com o Porto a manter o domínio (70% de posse), mas os visitantes a somarem mais um disparo (4-5), embora com menor pontaria (3-1 enquadrados). Destaque para os 91% de eficácia de passe dos “dragões”, que atacavam prioritariamente pelo flanco direito (60%).
  • Infelicidade para o Marítimo, que perdeu Rúben Ferreira por lesão nesta fase, entrando para o seu lugar Bruno Xadas. Um revés que não teve grande impacto no futebol insular até ao intervalo. O Porto continuou a mandar no jogo e a atacar mais, mas os comandados de José Gomes mantinham em sentido os homens da casa.
  • Primeira parte animada, com os primeiros 25 minutos a registarem bons lances de futebol e oportunidades de golo.
  • O Porto chegou ao descanso com superioridade estatística em todos os principais indicadores, mas esses números escondiam uma boa capacidade insular para chegar à área portista e para criar perigo, muito perigo.
  • O melhor em campo nesta fase era Jesús Corona, esta quarta-feira a actuar a extremo, com um GoalPoint Rating de 6.5, fruto do grande golo que marcou, mas também um passe para finalização e um drible eficaz no último terço.
  • O arranque do segundo tempo inverteu um pouco a ordem “natural” das coisas, com o Marítimo a ter mais bola (53%), mas a permitir mais remates do lado portista, nada menos que cinco, contra dois dos visitantes. À hora de jogo só o Porto tinha acções com bola na área contrária (3), com a posse maritimista a revelar-se inconsequente.
  • Essa maior facilidade portista em alvejar a baliza maritimista colocava Charles mais em acção e, aos 70 minutos, o guardião brasileiro dos forasteiros já liderava os ratings, com 6.9, fruto de cinco defesas, embora só uma a “tiros” de dentro da sua área. O Porto apresentava já seis disparos deste o intervalo, dois enquadrados, e via em Charles um obstáculo cada vez mais complicado de ultrapassar.
  • Os 72 minutos marcaram a estreia absoluta de Fábio Vieira, jovem médio de 20 anos que entrou para o lugar de Moussa Marega. O malinês estava a ser um dos piores dos “dragões”, sem qualquer remate, apenas um passe para finalização, um drible eficaz em três tentativas e duas faltas cometidas. Muito pouco frente a uma das suas antigas equipas.
  • O futebol até final não foi o melhor e até teve uma expulsão, de Alex Telles, do Porto, aos 85 minutos, por segundo amarelo. Nota apenas dois lances já nos descontos. No primeiro, na sequência de um canto da esquerda, Tiquinho Soares aproveitou para cabecear com selo de golo, mas em cima da linha estava Nanu a evitar o golo. Na resposta, Bruno Xadas esteve muito perto de empatar, num cabeceamento em plena grande área.

O melhor em campo GoalPoint

E foi mesmo Charles o melhor em campo. O guardião brasileiro do Marítimo terminou com um GoalPoint Rating de 7.6, ele que realizou um punhado de excelentes defesas, distribuídas por ambas as partes.

Ao todo foram seis “paradas”, duas a remates na sua grande área, sendo que uma das intervenções evitou que a bola entrasse a um dos ângulos superiores.

Jogadores em foco

  • Sérgio Oliveira 6.9 – O médio já havia sido o melhor do Porto na derrota da semana passada em Famalicão, e voltou a mostrar hoje que está um nível acima dos demais nesta fase. Sérgio foi o mais rematador da partida, com quatro disparos, e enquadrou três deles, também o número mais elevado. Somou ainda uma ocasião flagrante criada em três passes para finalização e completou 96% dos passes que realizou.
  • Bebeto 6.9 – Grande jogo do ala-direito do Marítimo. O brasileiro fez três passes para finalização, o máximo entre os forasteiros, teve sucesso em três de quatro cruzamentos – mais do que todos os eficazes do Porto -, e ainda fez quatro desarmes. Uma prestação sólida.
  • Luis Díaz 6.6 – Quando saiu, aos 77 minutos, estava a ser um dos melhores em campo. O extremo colombiano fez dois passes para finalização e destacou-se nas tentativas de drible, cinco, tendo tido sucesso em duas. E ainda registou nove passe para finalização.
  • Jesús Corona 6.6 – Também como em Famalicão, Corona marcou, foi o melhor em campo na primeira parte e foi caindo aos poucos de produção. Contudo, fez o suficiente para apresentar um dos melhores ratings, com cinco tentativas de drible, dois certos, e 89% de eficácia de passe.
  • Fábio Vieira 6.0 – Apenas 20 minutos em campo, mas um dia para recordar para o jovem Fábio Vieira. Não teve muito tempo para mostrar serviço… mas mostrou, com uma ocasião flagrante criada, quatro recuperações de posse e um remate forte, de ângulo apertado, para grande defesa de Charles.
  • Ranê Santos 5.9 – Jogo sólido do central brasileiro, com três desarmes e cinco recuperações de posse, mas foi no passe que esteve muito bem, com oito passes longos certos em 12 e nove passes progressivos eficazes.

Resumo

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