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Portugal com mais 8 mortos e 331 casos positivos em 24 horas

Miguel A. Lopes / Lusa

A diretora-geral de Saúde, Graça Freitas

Portugal registou mais oito mortes e 331 casos positivos de infeção pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, de acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde.

Esta quinta-feira, Portugal registou 1.455 mortes por covid-19, mais oito do que na quarta-feira (um aumento de 0,6%). Este é o registo diário de óbitos mais baixo desde 15 de maio, em que foram contabilizadas seis mortes.

Há agora 33.592 pessoas infetadas, mais 331 do que no dia anterior (+1%), segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde. Na Região de Lisboa e Vale do Tejo, onde se tem registado maior número de surtos, há mais 309 casos de infeção (+2,6%).

Os números dão conta de 445 pessoas internadas (mais 17 do que na quarta-feira), das quais 58 estão nos cuidados intensivos (mais duas do que no dia anterior). A DGS revela ainda que foram dadas como recuperadas mais 244 pessoas, subindo assim para 20.323 o número total.

Na habitual conferência de imprensa, António Lacerda Sales adiantou que a taxa de letalidade do vírus em Portugal está calculada nos 4,3% e que a taxa de letalidade acima dos 70 anos é de 17,3%. “Dos casos ativos, temos 96,2% a recuperar no domicílio, 3,8% dos casos ativos estão internados, sendo que 0,5% em UCI e 3,3% em enfermaria.”

O secretário de Estado da Saúde informou ainda que já foram detetadas 600 mutações diferentes do coronavírus. O Instituto Ricardo Jorge está a levar a cabo um trabalho em 116 concelhos e “o INSA está também a colaborar ativamente com as autoridades de saúde locais para perceber o cenário regional das cadeias de transmissão”.

Segundo Fernando Almeida, presidente do INSA, trata-se de “mutações em relação ao vírus inicial de Wuhan. Cada vírus tem uma mutação por semana, alguns até têm mais. Este número permite-nos perceber até que ponto há alguma variabilidade”.

O responsável adiantou que, em relação à imunidade da população, os primeiros resultados aos testes serológicos devem estar prontos “lá para 15 de julho, na primeira ou segunda semana de julho”. O estudo vai ser repetido cinco meses depois e o seguimento vai ser feito de três em três meses para determinar a prevalência da imunidade.

Em relação à abertura da fronteira com Espanha, Lacerda Sales reiterou que a decisão ainda “não está definida”. “Sei que esse tipo de decisões depende de uma articulação com o ministro do Interior espanhol e não haverá nenhuma decisão sem o acordo das partes.”

A diretora-geral da Saúde informou, na mesma conferência de imprensa, que os doentes que recuperam da covid-19 estão a ser acompanhados durante bastante tempo depois da recuperação para avaliar se ficaram com sequelas, que por vezes demoram “algum tempo” a surgir.

Um dia depois do regresso do campeonato, Graça Freitas falou também sobre os aglomerados junto aos estádios de futebol, apelando à responsabilidade individual.

ZAP //

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