Carlos Alexandre insiste em ouvir Mexia e Manso Neto no caso EDP

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José Sena Goulão / Lusa

O juiz Carlos Alexandre

O presidente executivo da EDP deverá ser confrontado com novos factos, nomeadamente a nomeação de Artur Trindade e do seu pai, bem como a sua relação com Manuel Pinho.

De acordo com o jornal Correio da Manhã, esta terça-feira, o presidente executivo da EDP, António Mexia, deverá mesmo ser ouvido pelo juiz Carlos Alexandre, no Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa, no âmbito do caso EDP.

O juiz enviou, esta segunda-feira, a sua justificação para o Tribunal da Relação sobre a necessidade e urgência da realização dos interrogatórios aos arguidos, escreve o jornal.

O diário refere que o presidente da EDP deverá ser confrontado com novos factos, entre os quais a nomeação do ex-secretário de Estado da Energia, Artur Trindade, para o OMIP e OMIClear, assim como a contratação do pai deste para consultor da elétrica.

Mexia terá ainda de explicar a sua relação com o ex-ministro da Economia, Manuel Pinho, e como foi feita a negociação dos Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC).

Na semana passada, a defesa de António Mexia e João Manso Neto, presidente executivo da EDP Renováveis, também arguido, apresentou um incidente de recusa do juiz Carlos Alexandre como titular da instrução criminal do caso EDP, acusando-o de parcialidade.

Segundo o CM, o incidente de recusa de juiz foi contestado pelo Ministério Público, que recordou que já outro juiz que teve o mesmo processo, neste caso Ivo Rosa, sofreu um mesmo incidente, mas as diligências não pararam por causa disso.

Carlos Alexandre irá decidir as medidas de coação dos dois administradores da EDP, que podem ir desde o depósito de uma caução junto dos autos à suspensão das funções.

Se o interrogatório vier mesmo a realizar-se, esta será a primeira vez que Mexia e Manso Neto vão ser questionados pela justiça desde que foram constituídos arguidos, em junho de 2017.

No caso de João Conceição, administrador da REN, a sua defesa não subscreveu nenhum incidente de recusa de juiz, pelo que o arguido está disposto a falar ainda esta quinta-feira, acrescenta o CM.

Mexia e Manso Neto são suspeitos de corrupção ativa, corrupção passiva e participação económica em negócio. Já João Conceição é arguido no crime de corrupção passiva para ato ilícito.

ZAP //

3 Comments

  1. FORÇA CARLOS ALEXANDRE!
    Começa a a “limpeza” dos crimes de colarinho branco, para que outros juízes, igualmente incorruptíveis e cumpridores das suas funções, tenham a coragem de seguir o teu EXEMPLO.

  2. O circo vai continuar, para que ouvir o António Mexia se esse pertence á casta dos para arquivar, perguntar não ofende como está a investigação ao Marco António Costa, Filipe Meneses etc.etc.etc? Ou já foi arquivado ou também roubaram as provas como foi dos submarinos que roubaram as provas de uma viatura, confio tanto na justiça portuguesa como numa matilha de lobos a guardarem uma capoeira.

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