O presidente do PSD manifestou-se esta segunda-feira contra uma eventual reativação da operação da TAP com apenas três destinos a partir do Norte, considerando que tal plano transformaria a transportadora numa empresa regional, o que, defendeu, dispensaria apoios do Estado.
“Vamos aguardar para ver se é verdade ou se é mentira. Agora para mim há uma coisa que é clara: só vale a pena equacionar o problema da TAP em termos de Estado se a TAP for uma empresa nacional e não uma empresa regional”, afirmou Rui Rio em declarações aos jornalistas à margem de um encontro com a União de Misericórdias do Porto e com a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade Social (CNIS), no Porto.
Na sexta-feira, o Jornal de Notícias escreveu que a companhia aérea portuguesa vai retomar a atividade – interrompida pela pandemia da covid-19 – com 71 rotas a partir do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, e com apenas três com partida do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, na Maia, distrito do Porto.
A confirmar-se a intenção da TAP, o líder do PSD considera que “não pode ser assim”, até porque se assim for significaria que a TAP é uma empresa regional. “Se é uma empresa regional não é um problema nacional. Isso resolve-se rapidamente”, disse, acrescentando que sendo de âmbito regional, o Estado nada tem sequer que se preocupar com a TAP.
Rio considerou que só uma companhia área nacional justificaria um apoio público. “Se a TAP for uma empresa nacional então temos que efetivamente olhar para a TAP. Se ela se comportar como está a dizer, 71 [voos a partir de Lisboa] – 3 [a partir do Porto] não é empresa nacional, é uma empresa regional. Se é regional é um problema de outra dimensão”, defendeu Rui Rio.
Governo estuda apoios
O Governo está a analisar a eventual concessão de apoios públicos à TAP, para assegurar a sua continuidade, segundo o relatório e contas da empresa pública Parpública, que detém 50% da companhia aérea. Atualmente, a TAP tem a sua operação suspensa quase na totalidade e, no âmbito das medidas de apoio às empresas impactadas pela pandemia de covid-19 na economia, recorreu ao ‘lay-off’ simplificado dos trabalhadores.
Na quinta-feira, em entrevista à RTP, o primeiro-ministro recusou-se a colocar já na agenda qualquer revisão do plano estratégico da TAP e adiantou que o Governo vai aguardar pelo quadro europeu de medidas para o setor da aviação civil.
Desde 2016 que o Estado (através da Parpública) detém 50% da TAP, resultado das negociações do Governo de António Costa com o consórcio Gateway (de Humberto Pedrosa e David Neeleman), que ficou com 45% do capital da transportadora.
Os restantes 5% da empresa estão nas mãos dos trabalhadores.
Plano “discriminatório”
Também nesta segunda-feira, o PS/Porto considerou “discriminatória para com o distrito e o Norte” a diminuição da operação da TAP a partir do Aeroporto do Porto num contexto de reativação económica na sequência da crise provocada pela covid-19 e manifestou confiança que o Governo “contribuirá para uma TAP sem marginalizações regionais e medidas centralistas de desinvestimento”.
Também o Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes da Área Metropolitana do Porto (STTAMP) repudiou o plano de reativação da TAP com três destinos a partir do Norte, considerando que tal põe em causa o relançamento da economia regional.
No passado sábado, o movimento independente liderado pelo presidente da Câmara do Porto, ‘Porto, o Nosso Movimento’, considerava “insultuoso” para a região que a TAP “enquanto pede dinheiro público para sobreviver” planeie retomar atividade “com uma desproporção no número de rotas”.
No mesmo dia, o presidente da Área Metropolitana do Porto (AMP), Eduardo Vítor Rodrigues, considerava que a decisão da TAP “só pode ser transitória” até que o Governo “assuma de vez” a gestão, avançado que tinha o “compromisso político” do primeiro-ministro, António Costa, de que estas situações serão corrigidas.
ZAP // Lusa
Rui Rio tem razão.
Esta eventual decisão da TAP é incompreensível atendendo à população da zone Norte do país.
Só é pena que a população da zona norte quando chega a Campanhã tenha deixado de ter ligação direta de metro para o aeroporto. Os tripeiros queixam-se de Lisboa mas estão-se nas tintas para os tais da zona norte (que pelos vistos é geograficamente muito limitada ao umbigo deles!)!
Olha o Fernando Rocha de Red River town, car(v)alho! Já estás melhor ou ainda estás todo fod1d0 ?! A ti dava-te jeito a ligação para quando te fazes à estrada com o Tone!!! Corta a rotunda da areosa em protesto! Mas todos com um metro de distância… tu, o tone, a matumbina e o resto do pessoal.
Hahahahaaaa!…
Rui Rio deveria dar o lugar a outro, pois não tem perfil, não tem voz, é um cabeça de giz e não sabe fazer oposição como também os outros partidos da oposição e dos que vão de carrinho empurrado pelo PS que são os da Geringonça…Coitados não têm onde cair, pois estão agarrado á bengala ou muletas…
Rui Rio é essa a sua oposição é só no bota abaixo? Que soluções apresenta que sejam credíveis e como as por em prática, ninguém vai dar confiança a quem só está no bota a baixo, em quem procura as falhas mas não diz como fazia diferente, Portugal precisa urgentemente de políticos com ideias para o nosso futuro, propostas sérias e honestas não propostas de populismos, para dizer mal dos governos estamos nós eleitores, nós queremos é que nos apresentem soluções e como pensam fazer para as por em prática, pelo menos com este governo já sabemos com o que contamos, com a oposição ninguém sabe o que ela fazia diferente nem como, sabemos é que continua no populismo do bota abaixo.
Rui Rio e os nortenhos têm razão, pena é haver uma oposição tão frouxa!