O secretário de Estado das Comunicações disse no Parlamento que “agora haverá condições” para retomar o processo do lançamento da rede 5G em Portugal.
O secretário de Estado Adjunto e das Comunicações, Alberto Souto de Miranda, considerou esta quarta-feira que “haverá condições” para retomar a migração da televisão digital terrestre (TDT), tal como avançar com o processo da quinta geração móvel (5G). O governante falava na comissão parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação.
“Creio que agora haverá condições de movimento social e técnicas para, com prudência, prosseguir essa migração por forma a que o processo se conclua”, afirmou, referindo-se à migração da TDT para libertar a frequência dos 700 MHz, essencial para o arranque do 5G. O processo de migração foi interrompido devido ao impacto da pandemia do novo coronavírus.
“Também haverá condições para retomar o processo 5G, sendo certo que os operadores estão agora menos entusiasmados porque estão com as sua capacidades financeiras mais limitadas”, considerou. “Mas uma coisa é a definição dos direitos [de atribuição das frequências 5G], outra coisa é o pagamento respetivo”, rematou.
Alberto Souto de Miranda lembrou que o processo foi suspenso “a pedido dos operadores e com o acordo da Anacom”. Segundo o jornal Público, no dia 19 de março, a Anacom anunciou que suspendeu a consulta pública sobre as regras do futuro leilão do 5G, que tinha o objetivo de definir o regulamento.
O secretário de Estado salientou ainda que o estado de emergência permitiu uma “digitalização acelerada” do país. O aumento do tráfego de comunicações nas últimas semanas levou a que as operadoras tivessem de aumentar a capacidades das suas redes.
ZAP // Lusa