Pedro Siza Vieira não tem a certeza se os aumentos prometidos à Função Pública continuam de pé. Sindicatos dizem que a prioridade é garantir salários a 100% a todos os trabalhadores.
O Governo prometeu à Função Pública que, no próximo ano, assistiriam a um aumento de, pelo menos, 1%, mas a pandemia de covid-19 mudou esta realidade e Pedro Siza Vieira já veio admitir que “não sabe” se será possível concretizar essa promessa.
Ao ECO, os sindicatos dizem que este não é o momento certo para discutir essa questão e que a prioridade agora é garantir o pagamento de salários a 100% a todos os trabalhadores.
Depois de o ministro da Economia ter avisado, numa entrevista ao Porto Canal, que não sabe se a promessa de aumentos no mínimo de 1% dos salários do Estado em 2021 continua a ser viável, a dirigente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) salientou que este “não é o momento para este tipo de análise”.
“Trazer isto [o aumento extra dos salário da Função Pública] agora não nos parece adequado”, disse Maria Helena Rodrigues em declarações ao diário económico.
O dirigente da Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP) também considera “estranhíssimo” estar a discutir esta matéria e remete a negociação para o futuro. José Abraão garantiu ainda que a prioridade agora é assegurar que todos os trabalhadores estão a receber o seu salário a 100%.
Ainda que admita estar “preocupado” com as declarações de Siza Vieira, o sindicalista frisou que as prioridades neste momento são outras: o combate à pandemia e a garantia dos salários completos a todos os trabalhadores.
A Frente Comum considerou que as declarações do governante foram “tristes” e salientou que, “a reboque da pandemia”, não se pode manter a política de baixos salários. “A situação de pandemia não pode ser um pretexto para mais ataques aos trabalhadores. Sem serviços públicos de qualidade e sem direitos, não há futuro.”
Acha estranhissimo? é mesmo anormal..
Então, se os jornalistas fizeram a pergunta ao homem, ele simplesmente respondeu!