Esta é a primeira morte desde que o Presidente da Turquia anunciou a abertura das fronteiras para os refugiados rumarem à Europa.
De acordo com a agência Reuters, que cita as autoridades gregas, um rapaz sírio morreu, esta segunda-feira, depois de um barco se ter afundado ao largo da ilha grega de Lesbos. Esta é a primeira morte desde que o Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, anunciou que tinha aberto as fronteiras para os refugiados rumarem à Europa.
Autoridades turcas também declararam à agência noticiosa que um migrante sírio morreu depois de as forças de segurança gregas terem atuado na fronteira para impedir que os migrantes passassem para território grego. Atenas, por sua vez, diz ser “fake news”.
Mais de dez mil migrantes, maioritariamente da Síria, chegaram à Turquia e alcançaram a fronteira com a Grécia desde o anúncio do chefe de Estado turco. Segundo a polícia, desde domingo, já chegaram pelo menos mil migrantes às ilhas gregas no Mar Egeu.
Algumas pessoas arremessaram vários objetos quando foram impedidas de passar, com as autoridades gregas a responderem com gás lacrimogéneo.
A Frontex, agência europeia da guarda de fronteiras e costeira, aceitou lançar uma intervenção rápida nas fronteiras externas da Grécia, para ajudar as autoridades face ao fluxo de refugiados.
Esta terça-feira, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e o presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, deslocam-se à Grécia para demonstrar o seu “total apoio” ao país.
Os presidentes das três instituições europeias vão reunir-se com o primeiro-ministro da Grécia, Kyriákos Mitsotákis, e visitar a zona da fronteira com a Turquia “para avaliar no terreno o que pode ser melhorado em termos de apoio”.
No âmbito de um acordo assinado com a União Europeia, a Turquia, onde vivem cerca de 3,7 milhões de refugiados sírios, tem recebido milhões de euros de fundos comunitários para se comprometer em conter o fluxo de migrantes que pretendem entrar na Europa.
A ameaça de Erdogan concretizou-se numa altura em que a escalada de tensão na Síria aumentou, depois da morte de 33 soldados turcos num ataque de aviação do regime sírio.