O Tribunal Judicial de Lisboa declarou a prescrição do processo em que o antigo presidente do Benfica João Vale e Azevedo era acusado de ter desviado dinheiro do clube.
O Tribunal Judicial de Lisboa declarou, na semana passada, a prescrição de um dos processos que ainda estão pendentes contra João Vale e Azevedo, ex-presidente do Benfica entre 1997 e 2000. A decisão dá razão ao acórdão o Tribunal da Relação, uma vez que já decorreram mais de 20 anos desde da prática dos alegados crimes.
A notícia avançada esta terça-feira pela TVI confirma que Vale e Azevedo fica, assim, livre do processo em que era acusado de ter desviado 1,2 milhões de euros do emblema da Luz. O dinheiro era relativo aos direitos de transmissão televisiva dos jogos europeus do clube entre 1998 e 1999.
O canal televisivo noticia ainda que o arquivamento foi contestado pelo Ministério Público, que pediu a nulidade da decisão, mas sem sucesso.
As suspeitas apontavam para que João Vale e Azevedo tivesse desviado o dinheiro através de um acordo com a empresa Global Sports Net. O antigo presidente dos ‘encarnados’ evita alegados crimes de peculato e falsificação de documentos.
Vale e Azevedo vive atualmente em Londres após ter cumprido pena de prisão por uma sentença de 11 anos e meio pelas condenações nos processos Ovchinnikov, Euroárea, Dantas da Cunha e Ribafria. Em causa estiveram crimes de peculato, falsificação de documento e burla, entre outros ilícitos de natureza económica e financeira.
O empresário cumpriu uma pena de três e sete meses de prisão, tendo sido libertado condicionalmente em junho de 2016. Em setembro de 2018, fugiu para Londres, pouco antes de ser emitido um novo mandato para cumprir outra pena de prisão.
A TVI recorda ainda que o processo chegou a ter julgamento marcado em 2019, ou seja, a acusação demorou mais de 13 anos a sair.