/

Novo equipamento do IPO custou 4 milhões, mas está parado há um ano à espera de licença

7

O novo acelerador linear, um equipamento de radioterapia, que foi adquirido pelo Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa por 4 milhões de euros está há cerca de um ano parado por falta de licenciamento. Enquanto isso, os doentes com cancro são encaminhados para o privado e a factura dos últimos meses já vai nos 3 milhões de euros.

A situação é denunciada pela vogal executiva do IPO, Sandra Gaspar, em declarações ao Expresso. “O novo acelerador linear aguarda há cerca de um ano a aprovação da Agência Portuguesa do Ambiente (APA)”, relata.

“Por vicissitudes várias que também se prendem com os limites à contratação dos recursos humanos necessários para operar este acelerador, o equipamento está parado há alguns meses e temos necessidade de enviar os doentes para tratamento em entidades privadas”, aponta Sandra Gaspar.

“Se pensarmos que um acelerador tem um custo da ordem dos 4 milhões de euros e que gastamos cerca de 3 milhões por ano para contratar tratamentos fora do IPO”, analisa ainda a responsável, realçando o que denuncia uma situação de desperdício de fundos públicos.

O caso começa a tornar-se tanto mais complicado pelo facto de as entidades privadas começarem também a manifestar dificuldades em responderem às solicitações dos hospitais públicos, nomeadamente na área da radioterapia.

Sandra Gaspar enuncia no Expresso várias das dificuldades por que o IPO atravessa, designadamente no âmbito da contratação de técnicos especializados, nomeadamente para o novo equipamento de radioterapia, lamentando a falta de “capacidade de atracção e fixação de profissionais”. Um problema que é extensivo a todo o Serviço Nacional de Saúde, como diz, queixando-se que alguns profissionais vão para o privado devido a uma diferença de apenas “100 ou 200 euros”.

ZAP //

Siga o ZAP no Whatsapp

7 Comments

  1. INCOMPETENTES ou CORRUPTOS?? Vou mais p/ a Corrupção, alguém está a ganhar (são os privados) e alguém foi comprado p/ não atribuir licença – quem será ??? Quem paga ?? Os contribuintes quem mais havia de ser?

  2. Uma grande salva de palmas à senhora que falou publicamente na situação. Bem haja. Um pouco de amor e respeito pelos doentes que sofrem, da doença e das esperas, e pelos contribuintes que pagam.
    Vamos esperar que acorde os responsáveis.

    • Ainda bem então que há privados.Lamenta-se sim que nem todos possam lá ir.Na minha opinião não podemos acusar os privados que têm os serviços,mas sim o estado a quem pagamos os nossos impostos,não os utiluzarem a bem de todos,mas sim naquilo que lhes é mais útil e proveitoso!!!!!

      • Não percebeste nada!…
        Enquanto este equipamento não estiver a funcionar, há privados a fazer o serviço pago pelo SNS e, obviamente, são esses os que tem mais interesse em que este equipamento nunca funcione!!
        Percebido?

  3. O que nos salva é estarmos no país do SIMPLEX, poderá demorar mais uns anitos mas não acabará desactualizado nem ferrugento certamente!

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.