O Parlamento Europeu (PE) instou na quinta-feira a Comissão Europeia a tomar medidas até julho para a introdução de um carregador comum para telemóveis e outros aparelhos portáteis para reduzir os resíduos e fomentar escolhas sustentáveis dos consumidores.
A resolução foi aprovada na quinta-feira em Bruxelas, com 582 votos a favor, 40 contra e 37 abstenções, e exige ao executivo comunitário adotar o ato delegado previsto na Diretiva de Equipamentos de Rádio ou, se necessário, apresentando “uma medida legislativa até, o mais tardar, julho de 2020”, noticiou o Diário de Notícias, citando a agência Lusa.
A Comissão Europeia deve “garantir que o quadro legislativo para um carregador comum seja objeto de um exame regular, de molde a ter em conta o progresso técnico”.
Para a eurodeputada social-democrata Maria da Graça Carvalho, uma das autoras da resolução, “a questão do carregador comum se reveste da maior importância não só para a vida prática dos consumidores, que se veem obrigados a comprar uma panóplia de carregadores para cada dispositivo eletrónico, mas também por razões ambientais”, visto que a produção atual ascende “a 50 mil toneladas de carregadores obsoletos por ano”.
No documento, os eurodeputados pedem ainda que o colégio de comissários assegure da melhor forma possível de interoperabilidade dos diferentes carregadores sem fios com diferentes dispositivos móveis e que a quantidade de cabos e carregadores recolhidos e reciclados nos Estados-membros aumente.
Assim, o PE quer assegurar que os consumidores não sejam obrigados a comprar um novo carregador com cada novo dispositivo. “Qualquer medida que vise a dissociação deve evitar preços potencialmente mais elevados para os consumidores”, frisou.
Segundo as estimativas, são produzidas cerca de 50 milhões de toneladas de resíduos eletrónicos em todo o mundo por ano, uma média superior a seis quilos por pessoa. Em 2016, a Europa gerou 12,3 milhões de toneladas, uma média de 16,6 quilos por habitante, enquanto os ciclos de vida de alguns equipamentos eletrónicos são cada vez mais curtos.
Acho muito bem!
Aliás, já devia assim há muito, mas a “seita” da Apple teimava em não cumprir as recomendações da CE!!
Errado!
As empresas devem ser livres de competir em todos os aspetos. Se uma empresa quiser criar um novo cabo e carregador, possivelmente com vantagens face aos existentes, deve poder fazê-lo, e as pessoas são livres de escolherem o que querem comprar.
Isto nem sequer reduz o desperdício. Em minha casa há vários dispositivos que usam o mesmo tipo de cabo e carregador, mas nem por isso tenho apenas um carregador e um cabo. A única coisa que isto faz é prejudicar a inovação, coisa em que aliás a UE é perita.
Compreendo que isto possa fazer confusão para mentes socialistas.
Eh pá… mais uma brilhante dedução!…
Bora lá acabar com os standards/padrões e, cada fabricante faz os equipamentos como lhe apetece…
Iria dar um belo resultado… a pistola da gasolina a não caber no bocal do depósito de combustível do carro, a ficha do frigorífico a não encaixar nas tomadas da casa, pilhas que não cabem no comando da tv, etc, etc…
Tudo livre, “ao molho e, fé em Deus”… assim é que há inovação (e competição)!…
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Não sei como é no teu caso mas boa parte das pessoas que conheço, usa o mesmo carregador microUSB para vários equipamentos e, já há muitos equipamentos com ficha microUSB que se vendem sem o carregador!
Todos os exemplos que deu me dão razão… não foi preciso fazer leis a standardizar as pistolas de combustível e os respetivos bocais dos depósitos dos carros. Se algum fabricante resolver vender um frigorífico que não funcione com a tomada lá de casa, é livre de o fazer, mas não vende. Tudo isto se resolve sozinho, não é preciso regular nada disto, e quanto mais regulação mais se estrangula a capacidade de inovação e competição das empresas.
Já agora, o exemplo do micro USB é outro. Sempre foi um formato medíocre comparado com o Lightning da Apple. O USB-C vai buscar vários dos princípios usados pela Apple no Lightning. Agora que o mundo está a mudar para o USB-C, que é de facto um formato superior, a própria Apple já está a adoptar, e não foi preciso regular nada para que isto acontecesse.
Por fim, tenho para mim que o excesso de regulação na Europa é uma das razões pelas quais as gigantes tecnológicas são todas nos EUA. A Europa devia perder menos tempo a regular, e mais tempo a perceber como é reduz a dependência completa dos EUA em matéria de Sistemas Operativos para desktop e telemóvel, motores de busca na internet, redes sociais, comércio electrónico, e por aí fora.
Deviam procurar fazer o mesmo para as beterias.
Tanto tempo para resolver coisa tão simples!
nada como um novo standard para acabar com todos os outros standard 😉