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Investigadores desenvolvem tecnologia que permite datar as impressões digitais

Encontrar as impressões digitais numa cena de crime nem sempre é suficiente para haver condenação, podendo os suspeitos alegar que as mesmas foram deixadas antes de o crime ocorrer. Essa realidade pode estar prestes a mudar, com um nova tecnologia que permite datar as impressões digitais.

Uma das teorias sobre impressões digitais indica que, à medida que estas envelhecem, o ozónio existente no ar reage com os triglicerídeos depositados pela ponta do dedo. Tendo por base essa teoria, uma equipa da Universidade Estatal de Iowa, nos Estados Unidos (EUA), criou uma tecnologia que permite datar as impressões digitais, noticiou o New Atlas.

Os cientistas estudaram impressões digitais de três voluntários, deixadas em várias superfícies por um período de sete dias. Através de uma técnica conhecida como imagem por espectrometria de massa, foram capazes de determinar com segurança a data de cada impressão, com base na taxa de degradação dos triglicerídeos.

A análise não prejudicou as impressões digitais, podendo estas ser utilizadas para identificar indivíduos. Além disso, podem ser datadas mesmo depois de terem sido polvilhadas com pó forense.

A equipa concluiu que a taxa de degradação variou consideravelmente de pessoa para pessoa, provavelmente devido às diferentes quantidades de triglicerídeos nas impressões digitais. Isso significa que uma impressão só pode ser datada depois que as autoridades identifiquem o suspeito.

A pesquisa foi recentemente publicada na revista Analytical Chemistry.

ZAP //

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