Em Portugal, são apresentadas em média seis queixas semanais por violência policial, escreve o semanário Expresso na sua edição deste fim-de-semana, citando os dados mais recentes da Procuradoria-Geral da República.
De acordo com os números, relativos a 2018 (ano para o qual existem registos), foram abertas 324 investigações pelo Ministério Público, menos dez do que no ano anterior.
O Expresso observa que, no total, os valores de 2017 e 2018 superam os de 2015 e 2016, anos em que foram abertos 259 e 269 inquéritos, respetivamente.
Em causa estão, segundo detalhou a Procuradoria-Geral da República,“atos de violência no exercício de funções, na sua maioria, por ofensa à integridade física simples, ofensa à integridade física qualificada e abuso de autoridade por ofensa à integridade física”.
A PGR não detalha quais é que são as forças policiais envolvidas nestes casos.
Números do Ministério da Justiça, também citados pelo semanário, evidenciam que os crimes de cariz xenófobo ou racista praticados por cidadãos têm crescido desde 2014.
Em 2018, registaram-se 63 casos em Portugal, um número recorde nos últimos anos.
O Expresso avança com estes números na mesma semana em que uma mulher acusou um polícia de agressão. Cláudia Simões, de 42 anos, alega ter sido agredida pelo agente que a deteve junto à paragem de autocarros na Rua Elias Garcia, na Amadora, dentro do carro da polícia que a transportou para a esquadra da Boba, em Casal de S. Brás.