Os sindicatos franceses voltam à rua no 51.º dia de greve contra a reforma das pensões que é apresentada esta sexta-feira no Conselho de Ministros.
Durante esta sexta-feira, não se espera o nível de paralisação que se viveu em dezembro e início de janeiro. Tanto comboios de médio e longo curso como transportes públicos vão sofrer perturbações, mas não haverá uma paralisação geral, com a possibilidade de os passageiros se deslocarem dentro e à volta da capital francesa.
O protesto acontece no dia em que o Governo francês vai apresentar em Conselho de Ministros o projeto de lei da reforma do sistema de pensões, que ficou, notoriamente, sem a imposição de uma idade equilíbrio para cálculo das pensões aos 64 anos devido à negociação com os parceiros sociais.
Assim, a idade da reforma mantém-se nos 62 anos em França, sem penalizações, o sistema passará a ser calculado por pontos e o valor dos pontos será calculado anualmente pelo Conselho de Administração da Caixa Nacional de Reforma Universal, um novo órgão na administração francesa.
O primeiro-ministro, Édouard Philippe, indicou na quinta-feira, em entrevista ao La Croix, que a conferência em parceria com os parceiros sociais sobre como financiar o futuro das pensões em França vai começar a 30 de janeiro.
“Esta conferência vai ser lançada a 30 de janeiro no Conselho Económico, Social e Ambiental. Espero que ela permita encontrar uma solução inteligente e responsável”, indicou Édouard Philippe.
Numa sondagem divulgada na quinta-feira pela emissora de rádio France Info e pelo diário Le Figaro, 56% dos franceses dizem estar a favor do fim desta greve que, para além de perturbar os transportes, tem também bloqueado centrais nucleares, portos, refinarias e lixeiras por todo o país.
// Lusa