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Pneumonia viral com origem na China chegou ao Japão

sarihuella / Flickr

O Japão anunciou, esta quinta-feira, o primeiro caso de uma pneumonia viral, causada por um novo tipo de coronavírus, com origem na cidade chinesa de Wuhan, onde matou já uma pessoa e infetou outras 40.

O paciente é um cidadão chinês, de 30 anos, que reside na prefeitura japonesa de Kanagawa, no sul de Tóquio, mas que visitou Wuhan no início do ano, disse o Ministério da Saúde japonês.

O homem deslocou-se a um centro médico no mesmo dia em que regressou ao Japão, a 6 de janeiro, depois de três dias com febre. No dia 10 de janeiro, o paciente foi hospitalizado e teve alta na quarta-feira, após os sintomas terem diminuído. Os testes do Instituto de Doenças Infecciosas do Japão deram positivo para o novo tipo de coronavírus.

As autoridades chinesas disseram que a doença teve origem num mercado de mariscos situado nos subúrbios de Wuhan, cidade no centro do país e um importante centro de transporte doméstico e internacional.

Segundo o testemunho do paciente japonês, durante a viagem a Wuhan, não visitou aquele mercado, mas poderá ter estado em contacto com um dos doentes chineses.

Ontem, as autoridades de saúde de Wuhan admitiram a possibilidade de que esta pneumonia seja transmissível entre seres humanos, referindo o caso de um casal em que o marido, trabalhador no mercado, desenvolveu a doença antes da mulher, que não se deslocou ao local.

Os casos de pneumonia viral alimentaram receios de uma potencial epidemia, depois de uma investigação ter identificado a doença como um novo tipo de coronavírus, uma espécie de vírus que causam infeções respiratórias em seres humanos e animais e são transmitidos através da tosse, espirros ou contacto físico.

Alguns destes vírus resultam apenas numa constipação, enquanto outros podem gerar doenças respiratórias mais graves, como a pneumonia atípica, ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), que entre 2002 e 2003 matou mais de oito mil pessoas em todo o mundo.

De acordo com a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, “não há motivo para alarme”. “Não há grande probabilidade de chegar a Portugal: mesmo na China o surto foi contido, para o vírus chegar cá seria necessário que alguma pessoa tivesse vindo da cidade afetada para Portugal”, explicou aos jornalistas, citada pelo Observador.

Além disso, “um dos indicadores que nos deixa tranquilos é o facto de nenhum dos profissionais de saúde que trataram estes doentes em internamento, inicialmente mesmo sem saberem o que era, terem, até à data, adoecido”, disse ainda a responsável da DGS.

O alerta de disseminação do vírus foi dado depois de o primeiro caso detetado fora da China ter sido conhecido esta semana, o de um tailandês que visitou Wuhan.

Até ao momento, os sintomas descritos para esta pneumonia viral são febre e fadiga, acompanhados de tosse seca e, em muitos casos, falta de ar.

ZAP // Lusa

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