A quatro dias das diretas no PSD, Rui Rio estabelece metas: um bom resultado nas autárquicas e um desejo (em tom de farpa) para a corrida interna no partido.
Na penúltima sessão de esclarecimento sobre a sua moção de estratégia, em Lisboa, Rui Rio estabeleceu objetivos, como bons resultados nas autárquicas do próximo ano, e lançou uma farpa aos seus adversários na corrida interna no PSD.
Em 2013, os resultados foram, nas palavras do atual líder partidário, um “vendaval”, e os de 2017 um “terramoto”. Por isso, “temos, mais do que presidentes de câmara, de eleger vereadores”.
Mas esse não é o único nem o principal objetivo para as próximas autárquicas: Rui Rio tem “a ambição de ganhar” a Câmara de Lisboa e, desta forma, defende que não se pode “escolher o amigo ou a amiga” como cabeça de lista – o primeiro recado a merecer aplausos por parte da plateia de militantes.
Os outros objetivos passam, de acordo com o Expresso, pela abertura do partido à sociedade (com o Conselho Estratégico Nacional do partido a ser representado em todo o território, por núcleos temáticos) e pela construção de uma oposição “credível e construtiva”.
A mesma lógica aplica-se às eleições internas do PSD: por isso é que o vemos “muitas vezes calado”, para “não alimentar” guerras. “Que este ato seja democrático, limpo.”
Este foi um recado particularmente significativo depois de a comissão política do PSD-Madeira ter decidido, esta terça-feira, que os militantes com quotas pagas poderão votas nas eleições internas, alargando assim o universo de votantes da ilha de 104 para 2.500 militantes.
Contudo, Rio considera que as regras devem ser respeitadas por todos, “principalmente aqueles que citam Sá Carneiro em cada esquina”.