Centeno não recebeu proposta concreta de injeção única no Novo Banco

Mario Cruz / Lusa

O Ministro das Finanças, Mário Centeno

Todos os anos, o Novo Banco tem exigido injeções de capital por parte do Fundo de Resolução, que é financiado pelo Estado. Surgiu agora a possibilidade de ser feita uma injeção única. Apesar de Centeno não se opor, o ministro diz que não recebeu nenhuma proposta concreta.

“O Ministério das Finanças não recebeu nenhuma proposta concreta de uma injeção de capital única do Fundo de Resolução no Novo Banco”, afirmou, ao Jornal de Negócios, o gabinete de Mário Centeno, em resposta à questão colocada pelo Bloco de Esquerda, sobre a aplicação do dinheiro remanescente do mecanismo de capital contingente possa ser aplicado todo de uma só vez.

O Novo Banco prepara-se para fechar o ano com prejuízos avultados, reflexo do esforço de limpeza de balanço. Estes prejuízos deverão exigir uma nova injeção do Fundo de Resolução. O Jornal Económico revelou recentemente que a instituição se prepara para pedir 700 milhões de euros, acima dos 600 milhões orçamentados por Centeno.

O mecanismo para aplicar uma injeção única ao Novo Banco foi avançado pelo semanário Expresso em novembro. Segundo o jornal, o dinheiro que o Fundo de Resolução ainda tem para injetar no Novo Banco, que pode ir até dois mil milhões euros, pode ser antecipado e colocado de uma só vez no banco.

Nas respostas enviadas ao BE, o Ministério das Finanças lembrou que uma nova injeção no banco liderado por António Ramalho apenas acontecerá “depois de serem conhecidos os resultados anuais do banco em 2019” e que “o pagamento do Fundo de Resolução só será realizado após a certificação legal de contas do Novo Banco e a conclusão de todos os procedimentos de verificação necessários”.

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