Para um humano, fazer um cachorro-quente parece uma tarefa fácil. No entanto, treinar um robô para o fazer é muito mais complicado.
Uma equipa de investigadores da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, conseguiram ser bem sucedidos ao treinar um robô para ser capaz de fazer, sozinho, um saboroso cachorro-quente.
Os investigadores desenvolveram um autómato com uma Inteligência Artificial (IA) capaz de pegar numa salsicha, colocá-la na grelha, deixar cozinhar durante o tempo certo, posicionar no pão, inserir pelo menos um condimento e servir gentilmente o cachorro-quente.
A equipa utilizou um sistema de tentativa e erro – conhecido Comoreinforcement Learning (RL) – e conseguiu melhorar as ações a cada nova tentativa, atingindo um “status autoconsciente“. Além disso, os cientistas conseguiram desenvolver Inteligência Artificial capaz de aprender e utilizar conhecimentos prévios para melhorar a execução das tarefas.
O Inverse explica que o sucesso desta experiência está na simplicidade da linguagem desenvolvida pela equipa norte-americana, que conseguiu dividir cada parte da tarefa em ações mais pequenas e fáceis. Desta forma, conseguiram prever vários cenários em sequências curtas.
Segundo Zachary Serlin, um dos investigadores envolvidos no projeto, a maneira como as frases são dispostas é essencial para o sucesso do robô. O cientistas destacou ainda a importância de usar termos predefinidos: “é preciso definir as coisas com antecedência”, disse, citado pelo CanalTech.
Mas o robô não aprendeu apenas a preparar e a servir adequadamente o cachorro-quente. Os cientistas também ensinaram a IA a garantir que não cometia qualquer erro de segurança. No caso da grelha, a “camada de segurança” obrigou o robô a saber que só se pode aproximar dela enquanto tenta concluir parte da tarefa
Mas a equipa não quer ficar por aqui: segundo Serlin, os investigadores esperam ir mais longe e ensinar o robô a concluir tarefas mais complexas.