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Franceses não dão tréguas. Greves podem durar até ao Natal

Christophe Petit Tesson / EPA

As mobilizações em França contra a reforma dos sistema de pensões, que paralisam vários setores mas sobretudo os transportes públicos, entraram no seu nono dia esta sexta-feira e podem continuar até ao Natal.

Os sindicatos de professores, que também estão mobilizados por medo de perder grande parte da sua reforma, serão recebidos esta sexta-feira pelo ministro da Educação, Jean-Michel Blanquer. Por outro lado, a greve nos transportes não conhece trégua.

A CGT-Cheminots, um dos principais sindicatos das ferrovias, anunciou que a greve continuará “a menos que o Governo volte à razão”, retirando o seu projeto.

Nas estradas e no transporte público, o tráfego permaneceu muito congestionado, principalmente na região de Paris, onde nove linhas de metro permanecem fechadas e pouco mais de 50% dos autocarros estão parados.

Dependendo das linhas, um entre dois ou três dos comboios regionais (servindo os subúrbios) está a operar, um quarto dos comboios de alta velocidade (TGV) e a mesma proporção de comboios suburbanos parisienses.

Longe de apaziguar a contestação, os detalhes do projeto divulgados na quarta-feira pelo primeiro-ministro francês, Edouard Philippe, despertaram oposição de todos os sindicatos, incluindo aqueles que anteriormente apoiavam as mudanças nas reformas e pensões.

Diante deste cenário e, para impedir que o movimento se ampliasse ainda mais, Philippe convidou as organizações sindicais e de empregadores para um “ciclo de reuniões”.

ZAP // Lusa

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