Pelo menos cinco pessoas morreram e oito continuam desaparecidas, na sequência da erupção do vulcão Whakaari, na Nova Zelândia. As autoridades afirmam que há poucas chances de terem sobrevivido.
“Diria com forte convicção de que ninguém na ilha sobreviveu”, disse o vice-comissário de polícia da Nova Zelândia, John Tims, em conferência de imprensa, esta terça-feira, o que, a confirmar-se, aumentará para 13 o número de vítimas deste desastre.
As autoridades indicaram ainda que 31 pessoas estão hospitalizadas, devido às feridas e queimaduras causadas na sequência da erupção do vulcão, que lançou rochas e uma grande quantidade de cinzas. Três dos feridos já tiveram alta, mas 21 pessoas estão em estado grave.
“É possível que nem todos os pacientes sobrevivam“, disse o porta-voz do Ministério da Saúde, Pete Watson, na mesma conferência de imprensa, onde observou que 27 dos internados sofrem queimaduras em mais de 30% do corpo.
De acordo com um comunicado da Polícia da Nova Zelândia, entre os 47 turistas que estavam na ilha no momento da erupção estavam 24 cidadãos australianos, nove norte-americanos, cinco neozelandeses, quatro alemães, dois chineses, dois britânicos e um malaio.
Anteriormente, a polícia da Nova Zelândia anunciou que iria abrir uma investigação criminal, afirmando que os operadores turísticos iriam ser investigados. Agora, segundo a mesma nota, as autoridades declaram que “neste momento a polícia está a investigar a morte das pessoas em Whakaari/ White Island em nome do gabinete do médico legista”.
“Para corrigir uma afirmação feita anteriormente, declaramos que é demasiado cedo para confirmar se também vai ou não acontecer uma investigação criminal”, pode ler-se.
As autoridades estão a concentrar todos os esforços, em conjunto com especialistas em geologia, a estudar como entrar novamente na ilha para recuperar os corpos das pessoas que continuam desaparecidas.
“Não podemos dizer a 100% que todos estão mortos, mas há fortes indícios de que não resta ninguém vivo na ilha”, disse Tims.
A erupção, ocorrida às 14h11 de segunda-feira, libertou uma espessa nuvem de fumo branco, a uma altura de 3,6 quilómetros.
Imagens captadas por uma câmara no local mostraram um grupo de meia dúzia de pessoas a andar pela cratera, alguns segundos antes da erupção do Whakaari.
Um “número considerável” de vítimas do desastre é australiana, de acordo com responsáveis da Austrália.
Acredita-se que pelo menos três dos mortos sejam australianos, de acordo com o primeiro-ministro australiano Scott Morrison, que disse também haver australianos entre os desaparecidos.
No dia 3 de dezembro, o grupo de controlo de atividades geológicas da GeoNet alertou que o vulcão Whakaari “entrou num período de atividade eruptiva”, embora tenha apontado que a situação não representava “um perigo direto para os visitantes”.
ZAP // Lusa