Um advogado de longa data do Podemos foi despedido no início desta semana por alegadamente ter assediado uma funcionária. Em sua defesa, diz estar a ser perseguido por investigar “irregularidades financeiras” no partido.
José Maria Calvente, advogado responsável pela área legal do Podemos, foi despedido esta segunda-feira devido a acusações de assédio sexual no trabalho. O despedimento decorreu de uma investigação interna, após a mulher em causa ter alertado os seus superiores.
Segundo informações avançadas pelo El País, desde 2017, Calvente terá enviado várias mensagens à funcionária através das redes sociais. “Estas situações são inadmissíveis e defendemos a nossa luta contra as violências machistas“, declarou o partido espanhol, que se prepara para avançar com um governo de coligação com o PSOE.
O advogado espanhol defende a sua inocência e diz estar a ser perseguido por ter “tocado em coisas que não devia”. Monica Carmona, uma outra advogada do departamento jurídico, terá enviado confidencialmente aos membro do partido, em que mencionava o despedimento de Calvente por investigar “irregularidade financeiras” no partido.
Entre as irregularidades detetadas está alegadamente o pagamento de quantias “por baixo da mesa” a pelo menos um alto dirigente do partido, realça o jornal Expresso. Calvente iliba o líder do partido, Pablo Iglesias, e a porta-voz do grupo parlamentar, Irene Montero, dizendo estar “convencido que são alheios a tudo isto”.
Por sua vez, o Podemos já reagiu às acusações, realçando que são infundadas e ponderando mesmo avançar com medidas legais contra o antigo advogado do partido.