“Agregar, agregar, agregar”. Se vencer, Pinto Luz conta com Rio e Montenegro

José Sena Goulão / Lusa

Miguel Pinto Luz apresenta campanha à liderança do PSD

O candidato à liderança do PSD Miguel Pinto Luz disse que caso vença as diretas de 11 de janeiro quer contar os seus adversários nesta corrida – o antigo líder parlamentar Luís Montenegro e o atual líder do PSD Rui Rio. Para o candidato “todos os rostos e todas as caras são fundamentais”.

“Esse é o primeiro ato simbólico do eixo estratégico da agregação. É fundamental. Somar, somar, somar para multiplicar”, concluiu. Pinto Luz esteve esta quinta-feira no Porto num almoço com apoiantes onde marcaram presença o presidente da Concelhia do PSD Porto, Hugo Neto, e o antigo presidente da Distrital Virgílio Macedo.

Miguel Pinto Luz que a recandidatura autárquica do presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, “influencia zero” a estratégia do partido para as autarquias de 2021 naquela cidade. “A candidatura ou a recandidatura de Rui Moreira influencia zero a estratégia do PSD. O PSD tem de ser ambicioso o suficiente”, afirmou o candidato em conversa com os jornalistas durante um almoço de apoiantes no Porto.

Para o candidato e vice-presidente da Câmara de Cascais, o PSD “é não condicionável às decisões individuais de ninguém”, tem a sua agenda, a sua estratégia e o seu rumo, como cabe ao maior partido da democracia portuguesa.

“Para mim o PSD é não condicionável às decisões individuais de ninguém. Repare o que era um partido tão grande como o PSD ficasse condicionado por uma decisão individual de alguém. Não faz sentido. A nossa ambição é a mesma com o candidato A ou o candidato B a decidir ser candidato em Lisboa, no Porto, em Coimbra, em Condeixa, seja onde for. A nossa ambição é ganhar”, afirmou, salientando que o PSD não se sente condicionado “por nada, nem ninguém a não ser os portugueses”.

“Agregar, agregar, agregar”

Questionado pelos jornalistas sobre quem seria o candidato à Câmara do Porto, caso vencesse as eleições, Pinto Luz frisou que o PSD sob a sua liderança “não vai discutir nomes na praça pública”. Esse trabalho, sustentou, será feito dentro de casa.

“Eu não me considero um homem providencial, portanto eu não trago as soluções todas para o país, tenho uma equipa. Segundo, quero trabalhar com as distritais, terceiro, quero trabalhar com as concelhias“, disse, salientando que respeita profundamente as estruturas locais, mas não fugirá às suas responsabilidades.

“O que eu quero dizer com isto é que nas autarquias o papel do presidente do partido é absolutamente fundamental para conseguir atrair rostos importantes para darem a cara pelo PSD em alturas chave e desse papel não me demitirei, naturalmente”, concretizou.

Para o candidato há dois pilares fundamentais: o primeiro – “agregar, agregar, agregar”; e um segundo – regenerar. “Há rostos novos que já estão cá no PSD há muito tempo, a quem nunca lhes foi dada uma oportunidade. Esses rostos tem de aparecer, a qualidade existe, e têm sido tapados ano após ano, portanto essa é a minha primeira estratégia. A segunda linha estratégica é agregar, resolver os tais problemas, guerras de vice-presidentes que se zangaram com presidentes, e que avançam com listas, nós temos que, de alguma forma, resolver essas questiúnculas internas”, explicou afirmando que estes dois pilares são fundamentais para o início de uma estratégia autarquia ganhadora.

De acordo com o semanário Expresso, Miguel Pinto Luz disse ainda, tal como Rui Rio, que não gostou da primeira parte do debate esta quarta-feira, o primeiro frente-a-frente entre os três candidatos à cadeira de Rui Rio.

 

Miguel Pinto Luz é candidato às eleições diretas do PSD marcadas para 11 de janeiro – com uma eventual segunda volta uma semana depois -, que disputará com o atual presidente do PSD, Rui Rio, e com o antigo líder parlamentar Luís Montenegro.

Já com o presidente do partido escolhido em diretas, o congresso do PSD realiza-se entre 7 e 9 de fevereiro, em Viana do Castelo.

ZAP // Lusa

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