O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) abriu um inquérito aos serviços de socorro prestados ao psicanalista Carlos Amaral Dias, que morreu esta terça-feira, avança o Correio da Manhã.
Em comunicado, o INEM dá conta da abertura do inquérito que surgiu na sequência de uma notícia publicada esta quarta-feira pelo mesmo diário.
De acordo com o Correio da Manhã , que cita uma fonte anónima familiar do psicanalista,Carlos Amaral Dias morreu na ambulância, cerca de duas horas depois ter feito a chamada inicial para os serviços de emergência médica.
“Na manhã de ontem (03/12/2019), o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) recebeu uma chamada encaminhada pela Central 112, com um pedido de socorro para um homem de 73 anos com queixas de dificuldade respiratória. Tendo em consideração os sinais e sintomas referidos pelo contactante e após realizar a respetiva triagem clínica, o CODU acionou imediatamente uma Ambulância de Socorro dos Bombeiros Voluntários (BV) do Beato”, começa por explicar o INEM.
“Após análise da informação disponível relativamente a esta ocorrência, o Conselho Diretivo do INEM determinou a instauração, no imediato, de um processo de inquérito”.
O psicanalista e professor morreu esta terça-feira de doença em Lisboa, disse à Lusa Luís Marinho, docente e membro da comissão do Instituto Superior Miguel Torga, de Coimbra.
De acordo com o semanário Expresso, Carlos Amaral Dias terá sofrido uma paragam cardiorrespiratória e acabou por falecer apesar das tentativas de reanimação.
Carlos Amaral Dias, de 74 anos, abandonou há cerca de um mês, a seu pedido, a direção do Instituto Miguel Torga, à frente do qual esteve mais de duas décadas.
Carlos Amaral Dias foi professor da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação de Coimbra, onde se doutorou depois de se ter licenciado em psiquiatria, também na Universidade de Coimbra.