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Nova auditoria iliba Cruz Vermelha de suspeitas de ilegalidades nas subvenções

Uma nova auditoria vem deitar por terra um relatório que, há menos de um ano, apontava ilegalidades cometidas pela Cruz Vermelha no que toca às subvenções recebidas pelo Estado.

Há pouco menos de um ano, um relatório, que nunca foi reconhecida pela Inspeção Geral de Finanças, apontava para graves deficiências na Cruz Vermelha, como o facto de não estar a apresentar declarações a entidades externas, incluindo o fisco.

Agora, num novo relatório às subvenções pagas pelo Estado à Cruz Vermelha, as conclusões parecem ilibar a instituição de solidariedade social das acusações de que foi há alvo no ano passado. Desta feita, foram analisados os 65,7 milhões de euros entregues por entidade públicas à Cruz Vermelha entre 2013 e 2015.

Segundo o Observador, o relatório permite concluir que os apoios públicos foram aplicados “de forma legal, regular e eficaz“. A auditoria conclui, assim, que a Cruz Vermelha “registou adequadamente os valores que lhe foram atribuídos”. Contrariando o que era sugerido pela “auditoria apócrifa” que a Inspeção Geral de Finanças anulou, que acusava a instituição de tentar esconder que os fundos eram provenientes da subvenções estatais.

Os investigadores do Ministério Público suspeitavam que a Inspeção Geral de Finanças não tinha fiscalizado com rigor os milhões de euros públicos cedidos pelo Ministério da Defesa à instituição. Contudo, sabe-se agora que a auditoria que apontava estas graves falhas era falsa.

“Face à gravidade e impacto externo da conduta do trabalhador”, o responsável pela elaboração do relatório foi retirado do cargo e foi apresentada uma queixa na Procuradoria-Geral da República, que deu origem a um processo disciplinar e a uma investigação judicial. O funcionário em causa é acusado de difamação agravada e ofensa a entidade pública.

Na altura, a Inspeção Geral de Finanças foi suspeita de encobrir irregularidades na Cruz Vermelha. No inquérito estavam a ser investigados crimes de corrupção passiva, peculato e abuso de poder, imputáveis indiciariamente, a “altos responsáveis de serviços centrais da Administração Pública do Estado”.

ZAP //

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