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“Ataque ignorante.” Galamba diz que PSD se dedica “a revelar publicamente o desconhecimento da lei”

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Tiago Petinga / Lusa

O deputado do Partido Socialista (PS), João Galamba

Em entrevista ao Expresso, João Galamba, garantiu não sentir a sua posição fragilizada com a polémica do lítio e apontou o dedo ao PSD.

João Galamba, secretário de Estado da Energia, afirmou ao Expresso que não sente a sua situação política fragilizada por causa da polémica em torno do lítio. As culpas, atira-as ao Partido Social Democrata (PSD) pela posição que tomou nesta matéria: “O PSD resolveu fazer um ataque demagógico e ignorante.”

“É demagógico porque não tem razão de ser e é ignorante porque revela que o PSD esqueceu os atos que praticou, os contratos que assinou e os direitos que garantiu”, começou por dizer.

“Os direitos da empresa Lusorecursos foram garantidos em 2012 como a leitura do contrato facilmente demonstra. O Estado garante a concessão à Lusorecursos e o pedido da concessão é feito ao abrigo do Decreto-Lei 88/90, que diz explicitamente que quem tem direitos de prospeção e pesquisa tem o direito e a garantia da concessão. E diz também que essa empresa pode também ela indicar sociedade constituída ou a constituir a quem será outorgada a concessão”, explicou Galamba.

Segundo o semanário, Galamba não sente que passou a ser o elo mais fraco do Governo com a polémica do lítio.

“Sinto é que o PSD como tem dificuldade em articular um discurso consistente de oposição dedica-se a revelar publicamente o desconhecimento da lei que o PSD aprovou, o desconhecimento do contrato que o PSD assinou em 2012 e das implicações que esse contrato e essa lei têm para qualquer decisão política após 2012″, justificou.

Sobre o episódio da passada segunda-feira, em que foi vaiado em Boticas, João Galamba garante que não cancelou a visita. “A única coisa que não correu de acordo com o esperado é que não foi possível falar com as pessoas que estavam em Cova do Barroso, porque não estavam particularmente interessadas em falar. Havia total disponibilidade do Governo para falar, mas não foi possível.”

“É totalmente falso que eu não tenha feito a visita, como previsto. E é totalmente falso que eu não tenha continuado a visita. Os manifestantes rodearam o carro, e fugimos para o sítio onde estava previsto que fôssemos, o sítio onde corriam as atividades de prospeção e pesquisa e onde estará situada a mina. E aí falei com pessoas da aldeia mais próxima do sítio onde ficará a mina”, explicou o secretário de Estado ao matutino.

ZAP //

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