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Paços de Ferreira 1-2 Sporting | “Leão” mais feliz na Capital do Móvel

Para a Liga NOS, o Sporting de Silas só sabe vencer: três jogos e outros tantos triunfos. Após as vitórias diante do Desportivo das Aves (1-0) e Vitória de Guimarães (3-1), os “verdes-e-brancos” bateram o pé ao Paços de Ferreira (2-1).

Os três pontos permitiram aos de Alvalade voltar a ocupar o quarto lugar. Do outro lado, os pacenses prosseguem no 17º e penúltimo lugar, com cinco pontos em nove jornadas. Na noite desta quinta-feira, Luiz Phellype abriu a contagem, Douglas Tanque empatou e Bruno Fernandes, da marca dos 11 metros, decretou o resultado final.

O jogo explicado em números

  • Voraz, o Sporting teve um início de jogo à “leão”, com três remates nos três minutos iniciais. Valeu ao Paços as intervenções do guarda-redes Ricardo Ribeiro e, instantes depois, do defesa-central André Micael, travando os remates de Bruno Fernandes e Luiz Phellype, respectivamente. Já antes, Eduardo tinha feito o primeiro remate do encontro.
  • Diz o ditado popular que “tantas vezes vai o cântaro à fonte…” que Luiz Phellype, de regresso a um reduto que tão bem conhece e na sua segunda tentativa de remate, inaugurou a contenda após passe de Bruno Fernandes, que assinou a quinta assistência na prova. O avançado não marcava na Liga desde 31 de Agosto, quando na quarta jornada, os “verdes-e-brancos” perderam diante do Rio Ave (2-3).
  • Sem surpresas os “leões” chegaram-se à frente do marcador tal era o caudal ofensivo: três remates contra um dos anfitriões, 75% para 25% no que diz respeito à posse de bola, eficácia de passe de 83% face aos 55% dos pacenses.
  • Em vantagem, a equipa de Silas continuou a comandar as operações, mesmo sem gizar muitas situações de perigo. Por seu turno, o Paços de Ferreira tinha enormes dificuldades em progredir no terreno de jogo. Não foi de estranhar que tenhamos assistido a um longo bocejo, sem remates ou lances dignos de registo.
  • Dominante. Foi assim o “leão” na primeira metade na Capital do Móvel, principalmente nos 20 minutos iniciais, período em que asfixiou o conjunto comandado por Pepa, aproveitou a adaptação do lateral-esquerdo Bruno Teles no corredor central, como defesa, e comandou as operações. Até ao golo de Luiz Phellype – que marcou 23 tentos em 57 partidas com as cores do Paços – já tinha desperdiçado duas boas  ocasiões de golo. Os donos da casa, com muita vontade mas pouca criatividade, apenas conseguiram fazer dois remates – nenhum enquadrado nos primeiros 46 minutos. Neste período, o “suspeito do costume” Bruno Fernandes destacou-se com um GoalPoint Rating de 6.1, muito por causa da assistência para Luiz Phellype, do remate aos três minutos que obrigou Ricardo Ribeiro a demonstrar serviço e das 49 acções com bola que protagonizou.

Pedro Sarmento Costa / Lusa

  • No período pós-intervalo, o Paços de Ferreira surgiu revigorado, com quatro remates nos primeiros oito minutos, o mais perigo – e o primeiro enquadrado ao alvo – saiu dos pés de Bruno Santos à passagem do minuto 47 e foi defendido por Renan Ribeiro.
  • Aos 68 minutos, Douglas Tanque, recém-lançado no encontro, desferiu um míssil, que foi travado por Renan Ribeiro, que voltou a brilhar aos 73, quando levou a melhor no duelo com Bruno Santos. Os “castores” ameaçavam… e marcaram instantes depois. Na sequência de um canto, Douglas Tanque levou a melhor sobre Coates e Eduardo e cabeceou com acerto para o fundo das redes leoninas. Foi o quarto golo do dianteiro brasileiro no campeonato. Aos 76 minutos, o Paços tinha sete remates – quatro no alvo – contra apenas três dos “leões” e cinco cantos contra apenas um dos adversários.
  • Mas no período de maior pressão do Paços de Ferreira, Luiz Carlos cometeu uma grande penalidade, que Bruno Fernandes não desperdiçou e voltou a deixar o Sporting na frente do marcador. Num último suspiro e já em período de descontos, André Micael ainda obrigou Renan Ribeiro a intervenção atenta.

O melhor em campo GoalPoint

Exibição irrepreensível do suspeito do costume Bruno Fernandes, com um golo e uma assistência. O capitão voltou a ser decisivo. Além disso, que não foi pouco, o capitão teve na ficha pessoal um expected goals (xG) de 0,9, três remates enquadrados – em cinco tentativas -, sete cruzamentos, uma eficácia de passes de 81% – 34 passes certos em 42 tentativas –, 84 acções com a bola, três desarmes e quatro faltas sofridas. Registou assim um GoalPoint Rating de 7.6.

Jogadores em foco

  • Bruno Santos 7.2 – Seguro a defender, protagonizou um excelente duelo com Acuña e ainda se destacou nas acções ofensivas. Arriscou o remate em três ocasiões, e em duas delas testou a flexibilidade de Renan Ribeiro, sofreu seis faltas e ainda teve pulmão para cruzar com perigo cinco vezes.
  • Renan Ribeiro 7.0 – Sempre atento e seguro, defendeu quase tudo, à excepção do cabeceamento de Douglas Tanque. Quatro intervenções de elevado grau de dificuldade são o cartão de visita que deixou na deslocação a Paços de Ferreira.
  • Douglas Tanque 6.9 – Esteve em acção apenas 34 minutos, mas o suficiente para deixar os seus predicados. Dois tiros, ambos enquadrados ao alvo, um golo, 17 acções com a bola e três faltas cometidas. Se tivesse jogador mais tempo, como seria?
  • André Micael 6.0 – Quase intransponível nas alturas – três duelos ganhos em quatro -, foi no ataque que mais se evidenciou o defesa-central, com dois remates, um dos quais aos 94 minutos.
  • Luiz Phellype 5.3 – No regresso a uma casa que tão bem conhece,  marcou o primeiro golo no encontro e esteve em evidência na primeira parte, com constantes movimentações. Perdeu gás na etapa final e acabou por ser sacrificado.
  • Luiz Carlos 5.2 – Com apenas 27 passes falhados em 31, um remate – desenquadrado – e sempre activo no miolo pacense, borrou a pintura aos 78 minutos quando desviou com um braço um livre de Bruno Fernandes, cometendo a grande penalidade que resultou no golo do triunfo do Sporting.

Resumo

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