As autoridades canadianas negaram a entrada no país ao ex-presidente do Governo regional da Catalunha, que se encontra fugido na Bélgica.
O Canadá negou a Carles Puigdemont a autorização eletrónica de viagem devido às acusações do ex-presidente da Generalitat [governo regional catalão] na Justiça espanhola, indicou o advogado Stéphane Handfield.
De acordo com Handfield, a embaixada do Canadá em Paris notificou, esta terça-feira, que não ia conceder a Puigdemont aquela autorização, um documento que o Canadá exige a cidadãos de meia centena de países isentos da apresentação de visto.
Esta autorização eletrónica permite viajar para o Canadá tantas vezes quantas as desejadas, se a estadia não exceder os seis meses, mas o Canadá pode recusar-se a conceder a autorização por ofensas criminais ou de segurança.
Handfield mostrou-se surpreso com a recusa, apesar de, em abril, a instituição Saint-Jean-Baptiste, no Québec, dedicada à proteção dos interesses francófonos, ter afirmado que o Canadá tinha rejeitado a entrada de Puigdemont no país.
Na terça-feira, o tribunal belga que tem de decidir sobre a ordem de detenção e extradição do ex-presidente da Generalitat adiou a sessão para 16 de dezembro.
Nessa altura, o juiz vai determinar uma data para anunciar a decisão que pode ser a entrega de Puigdemont ou a rejeição do pedido do Supremo Tribunal e o eventual envio do caso para o Tribunal de Justiça da União Europeia.
No início do mês, o Supremo Tribunal de Espanha condenou a penas entre os nove e os 13 anos de cadeia políticos e responsáveis por associações cívicas catalãs por crimes de sedição e má gestão de fundos públicos.
ZAP // Lusa