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“El Mencho” quer ser o próximo “El Chapo” (e está a matar polícias para o conseguir)

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“El Mencho”, líder de um dos cartéis mais influentes do México, foi responsável pelo massacre de 14 polícias. O barão da droga quer ser o próximo “El Chapo”.

No México, Nemesio Oseguera Cervantes, conhecido como “El Mencho”, líder do Cartel de Jalisco Nova Geração (CJNG), quer ser o próximo grande barão da droga do país. Com “El Chapo” condenado a prisão perpétua nos Estados Unidos, esta é a oportunidade ideal para assumir as rédeas.

E para provar o seu poder mostrou-se capaz dos atos mais grotescos. Membros do cartel de “El Mencho” equiparam-se de veículos blindados e, altamente armados, fizeram uma emboscada e chacinaram pelo menos 14 polícias mexicanos e deixaram feridos mais nove. Pode parecer uma cena retirada de uma série da Netflix, mas não é.

Em conferência de imprensa na manhã dos ataques, o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, defendeu que os seus esforços para travar a violência de gangues no país estavam a resultar. “Não podes combater fogo com fogo. Não podes combater violência com violência. Tens de combater o mal fazendo o bem“, explicou, citado pela Vice.

Nesse mesmo dia, minutos depois, mais de uma dúzia de polícias foram mortos pelo cartel mexicano.

Como marca de autoria dos ataques, deixaram mensagens escritas com a sigla CJNG, referentes ao cartel de “El Mencho”. As tentativas de Obrador em diminuir a violência parecem estar a sair furadas. Aliás, o México caminha para um número recorde de assassinatos.

“El Mencho”, que esteve preso nos Estados Unidos durante três anos até ser deportado de volta para o México, é um dos fugitivos mais procurados pelo DEA, o órgão norte-americano encarregue da repressão e controlo de narcóticos. O traficante de droga tem uma recompensa de dez milhões de dólares — vivo ou morto.

Decapitações, dissolver corpos em ácido, execuções públicas, arrancar corações, matar mulheres e crianças, bombardeios contra pessoas. Isso acontece quase todos os dias. El Chapo era violento, mas El Mencho elevou-o a um novo nível“, conta Kyle Mori, o agente da DEA responsável por capturar o líder do CJNG.

ZAP //

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