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Ministro da Segurança indonésio esfaqueado durante visita a cidade em Java

O ministro Coordenador da Segurança indonésio, Wiranto, foi esta quinta-feira esfaqueado, por um homem cuja identidade ainda é desconhecida mas que foi detido, durante uma visita à cidade de Pandeglang, na ilha de Java, disse a polícia.

Citado pela imprensa indonésia, um porta-voz da polícia nacional da Indonésia confirmou o incidente, explicando que Wiranto foi hospitalizado, mas sem adiantar o estado de saúde do ministro Coordenador de Assuntos Políticos, Legais e de Segurança.

Wiranto foi golpeado duas vezes e as feridas são profundas. Porém, está estável, segundo a estação de televisão Al Jazira.

Dedi Prasetyo acrescentou que um agente policial foi igualmente ferido e não deu informação sobre as motivações do agressor. O porta-voz não divulgou a identidade do agressor.

Imagens filmadas pelas televisões mostram o ministro a sair do carro e a cair no chão. Fotografias tiradas pela polícia mostram o ministro, um antigo general, a ser levado numa maca para um hospital local. Há também imagens de um dos suspeitos a ser detido.

Wiranto, de 72 anos, candidatou-se às presidenciais em 2004, mas foi derrotado. É desde 2016 o ministro da Segurança do Presidente Joko Widodo. O general foi, de acordo com o jornal Público, acusado de cometer atrocidades durante a ocupação de Timor pela Indonésia.

Era o chefe do aparelho militar e dos grupos paramilitares na repressão de 1999 contra a tentativa do território conseguir a independência. Durante a ocupação, cerca de cem mil pessoas morreram, segundo as estimativas, a maior parte delas às mãos das forças indonésias, mas também devido às duras condições de vida impostas por Jacarta.

O general está entre os indicados pelas Nações Unidas como tendo cometido crimes contra os direitos humanos dos timorenses nos 24 anos de ocupação. Mas apesar das provas reunidas contra si, pelo seu papel no massacre de 1999, o general negou as acusações e nunca foi julgado.

A Indonésia tem terrorismo interno e no país estão ativos grupos ligados ao Daesh.

ZAP // Lusa

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