O líder comunista descreveu esta terça-feira um PS embriagado pelas sondagens positivas e com uma génese, que contempla, segundo Jerónimo de Sousa, a “política de direita”, num míni-comício junto à Ria de Aveiro, no centro da cidade.
“O PS não mudou de génese e, com essa consciência, começou esta campanha eleitoral pensando na maioria absoluta, embriagando-se sempre com as sondagens”.
“Começou a considerar que aqueles que, como nós, tinham dado uma contribuição decisiva para os avanços, são muito excessivos, reivindicam muito, propõem muita coisa. Não pode ser, isso é o passo maior que a perna, é dar tudo a todos – os mesmos argumentos do Governo anterior”, lastimou o líder comunista.
O secretário-geral do PCP citou a título de exemplo a entrada em vigor, terça-feira, da nova legislação laboral, já com as alterações introduzidas pelo Governo socialista, após acordo em concertação social, “com o apoio do patronato e a bênção de PSD e CDS”.
“No quadro desta nova solução, é preciso que entendamos que o PS não mudou, não mudou de programa, de objetivos. O PS tem, na sua génese, traços de política de direita que os trabalhadores e o povo portugueses sentiram no passado recente”, acusou.
Jerónimo de Sousa voltou a atacar a possibilidade de os socialistas poderem atingir a maioria absoluta nas eleições de domingo.
“Vai o PS ficar por aqui? É mau sinal que pretenda uma maioria absoluta. Pode-se dizer que é um direito legítimo, mas quer maioria absoluta para quê? Para ficar de mãos livres, para não ter de se sujeitar à composição real da Assembleia da República. Não tenhamos ilusões: solto, o PS voltará a ser o que sempre foi e nunca deixou de ser, mas, não precisando da conjuntura, irá prosseguir essa mesma política de direita”, sentenciou.
Para o líder comunista, o Governo do PS “sabe e tem a consciência de que foram os trabalhadores que determinaram esta solução política [atual, de acordos à esquerda no parlamento], pela luta que travaram durante quatro anos contra o Governo anterior”.
“Quando se pensava que o PS estava neste carreiro de avanço de direitos e regalias, verificamos que se andou para trás e muito”, lamentou, referindo-se novamente às alterações ao Código do Trabalho, as quais foram alvo de pedido de fiscalização sucessiva da constitucionalidade por parte precisamente de PCP, BE e “Os Verdes”.
ZAP // Lusa
Jerónimo não é o PPD nem o CDS que te preocupa é o PS, Se um dia o PS desaparecer vais quem? Bem vi a tua posição na A.R. até te juntavas á Direita só desejo é que o teu PCP passem a ir de Táxi porque voto meu nenhum dos que tem o rabiosque na A.R. está lá com o meu dos que vota mas não tenho representante na A.R.