Apenas a CDU e o CDS incluíram propostas para o subsistema de saúde dos funcionários públicos nos seus programas eleitorais. Já os programas do PS, PSD, BE e PAN não fazem uma única referência à ADSE.
O CDS defende o seu alargamento da ADSE a toda a população. “Um funcionário de um hospital EPE ou qualquer trabalhador de qualquer área do setor privado ou social (…) não pode aceder à ADSE e às eventuais vantagens que esta lhe possa oferecer”, explica.
Já a CDU defende a necessidade de garantir os direitos dos beneficiários da ADSE e de outros subsistemas de saúde públicos, intervindo “no sentido de reduzir a atual dependência estratégica em relação aos prestadores privados”.
Os programas do PS, PSD, BE e PAN, por outro lado, sublinha o Jornal de Negócios, não fazem uma única referência à ADSE.
O Gabinete de Estudos do PS justificou-se ao mesmo jornal, dizendo que o programa eleitoral do partido de 2015 previa a “mutualização progressiva da ADSE, abrindo a sua gestão a representantes legitimamente designados pelos seus beneficiários, pensionistas e familiares”, objetivo que foi “concretizado”.
Já David Justino, do PSD, disse que “o tema da ADSE não foi abordado porque entendemos que se trata de um segmento que não exige alterações de fundo”.
O Bloco de Esquerda afirmou que as suas propostas para a ADSE já são conhecidas. “Deve haver uma progressiva integração dos subsistemas de saúde no SNS mas essa integração deve ser operada em moldes que não prejudiquem nem o SNS nem os beneficiários que contribuíram/contribuem para os subsistemas em apreço”, disse José Manuel Pureza, coordenador do programa do BE.
