Greta Thunberg chegou às notícias pela luta pessoal travada em nome do planeta. O seu exemplo alastrou-se, o nome atravessou fronteiras e a adolescente ascendeu a outros palcos.
Aos 16 anos, a adolescente sueca conseguiu chegar à Cimeira da Ação Climática da Organização das Nações Unidas (ONU) e desafiar as autoridades políticas: “Como é que se atrevem?”. O seu discurso foi marcado pelo tom frontal e por, a certa altura, ter chorado.
“Está tudo errado. Não deveria estar aqui. Devia estar de regresso à escola do outro lado do oceano. Mas todos me procuram em busca de esperança. Como se atrevem? Vocês roubaram os meus sonhos e a minha infância com palavras vazias”, atirou em lágrimas a jovem sueca de 16 anos.
Greta Thunberg, que viajou para Nova Iorque num veleiro por se recusar a andar de avião, argumentando que é um meio de transporte especialmente poluente, foi uma das presenças mais aguardadas na cimeira do clima das Nações Unidas, onde participaram vários líderes nacionais e chefes de Estado, como foi o caso do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Mas a aparente consensualidade da causa que defende e a sua idade não chegou para a manter a salvo de críticas. Entre os que a elogiam pela coragem e a tomam como exemplo de uma luta que a todos deve pertencer, inspiração para a geração que representa, outra ala surgiu, para lhe apontar um dedo acusador, garantindo que ela própria e a sua luta estão a ser manipuladas.
Num artigo publicado no The Gateway Pundit, o escritor norte-americano Jim Hoft garante que a jovem ativista está a ser manipulada pelo movimento da esquerda internacional: “Ela fala por eles. Ela é a voz deles. Ela ataca o mundo ocidental, mas é reservada quanto a condenar a China ou a Índia, os dois maiores poluidores do mundo”.
De acordo com semanário Expresso, outras notícias chamaram a atenção para o facto de ao lado de Greta aparecer regularmente a sua treinadora, a alemã Luisa Neubauer, conhecida ativista ambiental, membro da Alliance 90/The Greens (Aliança 90 /Os Verdes) e da Green Youth (Juventude Verde), além de estar ligada à ONG de George Soros, a ONE Foundation – que também recebe financiamentos de Bono Vox e Bill e Melinda Gates.
Na segunda-feira, Michael Knowles, podcaster do Daily Wire e comentador político conservador norte-americano, falava na Fox News sobre ambiente e as dietas sem carne, quando o seu discurso fez uma viragem inesperada, para alertar para a “histeria do movimento climático”. “Não é sobre a ciência”, afirmou. “Se o fosse seria liderado por cientistas e não por políticos e por uma rapariga sueca com doenças mentais, que está a ser usada pelos pais e pela esquerda internacional”, acrescentou.
O comentário foi condenado por outro comentarista presente, Christopher Hanh, político e ativista do Partido Democrata: “Como se atreve? Um homem adulto a atacar uma jovem. Devia ter vergonha”.
Os ataques já levaram a uma reação de Greta. Esta quarta-feira, a sueca declarou a sua perplexidade face aos ataques de quem tem sido alvo. A maioria desses ataques foi feita por adultos, que recorrem “a todo o tipo de mentiras e teorias de conspiração”.
Numa publicação no Facebook, a ativista escreveu que os atacantes “parece que ultrapassam todas as marcas para desviarem as atenções, uma vez que estão desesperados em impedir que se fale da crise climática e ecológica”.
A ativista sueca criticou os “fomentadores de ódio”, que estão “mais ativos do que nunca”. No seu caso, Thunberg detalhou: “Criticam-me, a minha aparência, a minha roupa, o meu comportamento e a minha diferença”. Mas contrapõe: “Ser diferente não é uma doença e a ciência não é uma opinião – são factos”.
De forma direta, considerou: “Honestamente, não percebo por que é que há adultos que escolhem passar o seu tempo a gozar e ameaçar crianças e adolescentes, por promoverem, a ciência, quando poderiam estar a fazer alguma coisa boa, em vez disso. Acho que eles simplesmente sentem-se ameaçados por nós”.
A sua mensagem terminou com um apelo à participação nas várias ações da greve climática mundial previstas para sexta-feira: “Mas o mundo está a acordar. Vemo-nos nas ruas nesta sexta-feira”.
Para esta sexta-feira, 27 de setembro, está convocada uma nova greve pelo clima. As reivindicações são as mesmas das de outras greves: entre elas, conta-se a intenção de “cortar 50% das emissões de gases com efeito de estufa até 2030”. No mesmo dia, 150 países de todo o mundo deverão aderir à Greve Climática Global e Portugal é um deles.
ZAP // Lusa
Concordo com a iniciativa dos “managers” desta miúda e da “revolta” da mesma. Só discordo, não sobre o fundo mas sobre a forma, que esta adolescente faz a sua intervenção com tanta falta de ponderação. Além da ira e de um certo exagero contido no seu discurso, vê-se como se pode influenciar uma jovem e exorta-la a ter tal atitude. vislumbra-se um certo “extremismo” nesses movimentos, e isso preocupa-me !
Se existe coisa que qualquer comum mortal, mesmo não entendendo nada de alterações climáticas ou lobbies percebe, é a expressão de ódio no olhar e nos olhares desta cidadã. Ódio fomenta ódio e vice-versa
Pois, só sei que se trata de alguém de quem ainda não ouvi nada de novo, apenas ideias conhecidas e batidas transmitidas com histeria, capricho, arrogância, exagero, desequilíbrio… Conclusão: temo que tanto medianismo, totalmente infundado, faça muito mal à causa ecologista.
Vou continuar a dar ouvidos aos milhões de incógnitos que num só segundo da sua vida dão mais à causa ambientalista e ao planeta, em discurso e em obra (principalmente em obra), que esta rapariga…
A maioria das notícias sobre o clima são para manipular e desenformar às pessoas, Sou brasileiro morador da Amazônia, só tenho visto nos últimos dias mentiras por parte da imprensa e de muitas ONGS, que só fazem criar mentiras para satisfazer seus interesses políticos e econômicos.