Viseu foi o palco de um encontro de gerações do CDS. No seu discurso, Pedro Mota Soares trouxe de volta os fantasmas do PREC, ameaças com Marcelo e lamentos sobre “colinho”.
Esta terça-feira, Pedro Mota Soares apareceu em Viseu, num “encontro de gerações” do partido, para pelar ao “pragmatismo” da direita e elencar argumentos para “ninguém ficar em casa no dia 6 de outubro.
Sublinhando o aviso que a líder do partido, Assunção Cristas, deixou em entrevista ao Expresso, Mota Soares afirmou que dois terços do Parlamento à esquerda “tornariam Marcelo Rebelo de Sousa uma espécie de rainha de Inglaterra“, e isso é irrelevante.
Em distritos como Viseu este apelo é particularmente importante, uma vez que neste distrito os centristas temem não conseguir segurar o assento do deputado Hélder Amaral.
Para intensificar o discurso, e deputado e ex-ministro trouxe de volta o fantasma do PREC, garantiu que “parece que voltámos a 1975” e enumerou os perigos de um país “muito virado à esquerda”. Além disso, segundo o Expresso, lamentou o tratamento dado ao CDS, embora sem elencar tão claramente alvos como os comentadores políticos.
“A nós, nada nos é dado. A nós, ninguém nos leva o colo. Connosco, o grau de tolerância é mesmo muito reduzido”, declarou.
Para isso, continuou o centrista, é preciso “garantir que à direita ninguém fica em casa, ninguém embarca em aventureirismos, a direita é pragmática”. O pragmatismo foi também elogiado por Hélder Amaral e por Assunção Cristas, que falaram depois de Pedro Mota Soares.
A fechar a noite, a líder do CDS afirmou que a esquerda é “ideologia pura” e o CDS é pragmático, referindo-se a questões como o Serviço Nacional de Saúde, as creches ou a desburocratização para as empresas. Num último apelo, pediu a confiança dos eleitores de Viseu.
“Peço que conversem com todas as pessoas que conhecem. Este é o tempo de falar com todos. Amigos, vizinhos, familiares, porta a porta até ao dia das eleições.”
Será que no CDS não há mesmo nada que se aproveite?!
Que bando…