André Ventura propõe eliminar o cargo de primeiro-ministro. O líder do Chega acusou ainda os dois grandes partidos de terem interesse em manter os níveis de abstenção altos.
Uma das propostas feitas pelo Chega no seu programa eleitoral é eliminar o cargo de primeiro-ministro. O líder do partido, André Ventura, explica que o objetivo é a adoção de um regime presidencial, passando a ser o presidente da República a ser “a figura orientadora da política geral do Estado”.
Em declarações prestadas ao jornal Público, André Ventura explica que o atual sistema é confuso e é uma das máquinas mais caras para o contribuinte. Na sua opinião, o cargo do presidente da República está a ser desaproveitado: “Elegemos um presidente da República com uma legitimidade reforçada, por eleição direta e maioritária, mas depois é praticamente um corta-fitas“.
“Só serve para estar em apresentações, fazer apelos de sofá para o Governo e para as instituições e não serve para mais nada”, reiterou.
Por outro lado, e dando o exemplo da “geringonça”, Ventura diz que elegemos o Governo de forma indireta, por via parlamentar “que nem sempre expressa a vontade direta do povo”.
A transição para um regime presidencial teria a vantagem de ser muito mais barato e mais claro. André Ventura explicou que isto permitira uma maior transparência e, consequentemente, um ato mais democrático.
Confessando que o Chega está a aberto a discussão, disse que o chefe de Governo e de Estado teria dois mandatos, “como acontece na grande maioria dos sistemas presidenciais”. Isto obrigaria a uma revisão constitucional, mas Ventura garante que seria essencial para diminuir “a corrupção, o clientelismo e a permeabilidade dos poderes públicos.
O partido de André Ventura propõe ainda a redução do número de deputados da Assembleia da República para 100, a reintrodução da prisão perpétua para crimes mais graves, a castração química de pedófilos, a obrigatoriedade de trabalho no sistema prisional e o fim da progressividade do IRS.
“Preconceito” em relação ao Chega
Em entrevista concedida ao SAPO 24, André Ventura confessou que é complicado ser um novo partido à entrada para estas legislativas. “As instituições têm uma lógica de ‘quantos menos, melhor’. Não interessa a ninguém ver o bolo tão repartido. No nosso caso, acresce o enorme preconceito criado em relação a uma série de situações”.
O líder do Chega deu o exemplo de quando Catarina Martins rejeitou participar num debate na Renascença por achar que André Ventura era racista. “O Chega concorre nos 22 círculos eleitorais, o que é extraordinário com os poucos meses que temos. Isto mostra que quanto mais nos atacam, mais reagimos“, realçou.
Em relação aos votos brancos e nulos, disse que este é um sinal de que as pessoas estão cada vez mais fartas. Como solução, André Ventura equaciona o voto obrigatório. “Mas temos de pensar por que motivo os dois grandes partidos não têm interesse no voto obrigatório. Na verdade, interessa-lhes manter estes níveis de abstenção“, atirou.
Com a implementação do voto obrigatório, os resultados das eleições seriam, de acordo com a sua opinião, imprevisíveis.
André Ventura denunciou ainda que as pessoas conhecem os líderes dos partidos e pouco mais e que as legislativas se tornaram numa espécie de candidatura a primeiro-ministro. Relembrado sobre a decisão do então presidente da República Jorge Sampaio de dissolver a Assembleia da República porque Santana não tinha sido legitimado nas eleições, André Ventura defendeu que Marcelo não seria capaz de fazer o mesmo.
“Estou convencido de que o professor Marcelo Rebelo de Sousa nunca dissolveria uma Assembleia da República, quanto mais não fosse porque morreria de medo de o fazer“, atirou.
A única coisa que concordo é que o voto deveria ser Obrigatório… aí sim, se veria como estavam as diversas forças políticas. para já a abstenção é a maioria, infelizmente. O que estraga tudo.
A abstenção não estraga nada, devia era de estar representada no parlamento com cadeiras vazias
Eu sugeria que os votos em branco deviam estar representados no parlamento com cadeiras vazias. Desse modo, o nível de abstenção diminuiria muito e isto porque aqueles que atualmente não vão votar, muitos deles é porque não se revêm em nenhum dos partidos concorrentes a esta eleição e com a implementação da minha sugestão, essas pessoas iriam com certeza votar em branco.
Obrigatorio ?? É essa a base da democracia ? Obrigar as pessoas
Eu nao voto, nao quero votar e tenho TODO O DIREITO de ficar em casa deitadinho no sofa
A minha unica obrigação é pagar impostos, e essa é cumprida
E viva a democracia…
sabes la tu o que é isso
CHEGA é de aturar este agente do benfiquistão!
Ou seja, se ha gente a mais na politica, que falta faz mais este cromo?
Pois, mas este, que eu saiba, não tem subvenções nem vive dos meus impostos… mas que anda á procura, lá isso anda… mas não lhe levo a mal. Teve azar e não foi esperto ao ponto de se queimar na Camara de Loures. Se fosse do Sporting, tinha mentalidade de lambe botas e já tinha poleiro…
Este artolas do BOSTA (ou Chega ou lá que é) nem para comentar pênaltis na “tasca” da CMTV serve, quanto mais….
Ah ele é bosta? Pois fica sabendo que agora é que eu vou votar mesmo nele.
E porque achas que isso é importante para mim?
Podes votar em quem quiseres – não faltam palermas por esse mundo fora!…