A Arábia Saudita e investigadores norte-americanos consideram que existe uma “grande probabilidade” de o ataque deste fim de semana a duas petrolíferas do Aramco, em Abqaiq e Khurais, ter sido feito a partir de uma base no Irão, perto da fronteira com o Iraque.
A informação foi avançada pela CNN, que cita uma fonte próxima às investigações. Além dos drones, os mísseis de cruzeiro que terão sido lançados voaram a baixa altitude e passaram no norte de Abqaiq, voando pelo sul do Iraque e também pelo espaço aéreo do Kuwait antes de atingirem o seu alvo. A mesma fonte acrescenta que esta trajetória implicaria que o ponto de lançamento do ataque tivesse que ser “mascarado”.
Confrontado com estas informações, o Iraque ainda não deu resposta à CNN e o Pentágono recusou comentar a situação, tendo mais tarde o porta-voz do governo norte-americano, Hogan Gidley, dito aos jornalistas que, para já, não pode dizer “definitivamente” que o Irão esteve por detrás deste ataque, mas que é muito provável que tenha sido esse o cenário.
Um responsável norte-americano disse à agência France Presse que os Estados Unidos têm a certeza que o ataque no sábado contra a Arábia Saudita foi realizado a partir de solo iraniano e que foram utilizados mísseis de cruzeiro.
A administração norte-americana está a preparar um dossier para provar as suas alegações e convencer a comunidade internacional, nomeadamente os europeus, na assembleia-geral das Nações Unidas na próxima semana, adiantou o responsável que não quis ser identificado.
Instalações petrolíferas em Abqaiq e Khurais, no leste da Arábia Saudita, foram atacadas no sábado, presumivelmente por aparelhos aéreos não tripulados, levando a uma queda para cerca de metade da produção saudita de crude, à volta de 5,7 milhões de barris diários ou cerca de 6% da oferta global.
Embora o ataque tenha sido reivindicado pelos rebeldes iemenitas pró-iranianos Huthis, que regularmente disparam mísseis balísticos contra alvos no sul da Arábia Saudita e que atingiram a infraestrutura petrolífera do reino em maio e agosto, os serviços de informações norte-americanos dispõem de elementos que permitem localizar a origem dos tiros, precisou a mesma fonte.
Questionado sobre se Washington tem a certeza de que os mísseis partiram de solo iraniano, o responsável respondeu “sim”. Também respondeu afirmativamente em relação à utilização de mísseis de cruzeiro, recusando precisar o número de mísseis utilizado.
Donald Trump declarou que o Irão parecia estar por trás do ataque contra a Arábia Saudita, mas que queria “saber com certeza quem é o responsável”, adiantando pretender “evitar” um conflito. Teerão tem rejeitado as acusações sobre o seu envolvimento no ataque, que classificou de “insensatas” e “incompreensíveis”.
A Arábia Saudita (sunita) combate desde meados de 2015 no Iémen os rebeldes Huthis, apoiados pelo Irão (xiita), o grande rival regional de Riade.
ZAP // Lusa
Exacto… porque mesmo que fossem os iranianos, iam mesmo faz o ataque a partir de solo iraniano!…
Enfim… estes americanos da propaganda continuam a pensar que são todos palermas como eles…