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Soprano Elisabete Matos é a nova directora do Teatro Nacional de São Carlos

Elisabete Matos / Facebook

A soprano portuguesa Elisabete Matos.

A soprano portuguesa Elisabete Matos vai assumir a direcção artística do Teatro Nacional de São Carlos (TNSC), em Lisboa, sucedendo a Patrick Dickie, anunciou o Ministério da Cultura.

Num comunicado, a tutela agradece a Patrick Dickie “o empenho e profissionalismo com que desempenhou as suas funções”. O responsável disse, em Junho, não ter condições para continuar no cargo.

Com uma carreira internacional de mais de 25 anos, a soprano Elisabete Matos tem actuado em destacados palcos mundiais como a Metropolitan Opera House, de Nova Iorque, nos Estados Unidos, a Deutsche Oper de Berlim, na Alemanha, e o Teatro alla Scala, em Milão, Itália.

É professora-adjunta convidada na Escola Superior de Artes Aplicadas desde 2014 e, desde 2017, directora artística do Festival Internacional de Música Religiosa de Guimarães.

Em 2000, foi galardoada com um Grammy pela gravação do papel titular de La Dolores, de Bretón, com Plácido Domingo, para a Decca.

Elisabete Matos recebeu as condecorações de Oficial da Ordem do Infante D. Henrique e de Grã-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, concedidas pela Presidência da República, foi galardoada com a Medalha de Ouro de Mérito Artístico da Cidade de Guimarães pela Câmara Municipal de Guimarães, e distinguida com a Medalha de Mérito Cultural concedida pela Secretaria de Estado da Cultura, em 2015.

Em Junho, Patrick Dickie anunciou que não tinha condições para “equacionar a continuidade naquelas funções”, tendo, na altura, o teatro nacional – tutelado pelo Organismo de Produção Artística (Opart) – explicado que o responsável tinha informado a ministra da Cultura, Graça Fonseca, da sua decisão, tomada por “razões pessoais”.

O mandato do produtor criativo, encenador e dramaturgo terminou no sábado, 31 de Agosto, dia em que efectivamente cessou funções como director artístico do São Carlos.

A saída de Patrick Dickie foi conhecida numa altura em que os trabalhadores do TNSC e da Companhia Nacional de Bailado estavam em greve, e quando o Ministério da Cultura anunciou que o conselho de administração do organismo que os tutela, liderado por Carlos Vargas, não seria reconduzido para um segundo mandato.

O ministério viria a anunciar André Moz Caldas, até então chefe de gabinete do ministro das Finanças Mário Centeno, para presidente do Opart, e como vogais foram nomeados a então directora-adjunta do Conservatório Nacional Anne Victorino d’Almeida, e o então vogal da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos Alexandre Miguel Santos.

ZAP // Lusa

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