Tribunal deixa cair acusações contra Jeffrey Epstein

A investigação criminal a Jeffrey Epstein, acusado de abuso de menores, foi oficialmente arquivada esta quinta-feira por ordem do juiz responsável pelo caso, Richard Berman.

Um pedido de arquivamento tinha sido pedido pelos advogados do multimilionário na sequência do seu suicídio, a 10 de agosto, e a hipótese já tinha sido levantada durante a sessão de quarta-feira em que várias vítimas de Epstein relataram os abusos de que foram alvo. O pedido foi aceite, de acordo com a CNN.

“A morte do sr. Epstein significa, obviamente, que um julgamento onde ele é o acusado não pode acontecer. Penso que é responsabilidade do tribunal garantir que as vítimas neste caso são tratadas de forma justa e com dignidade”, disse na altura o juiz, citado pelo New York Times.

Em 2008, o magnata cumpriu 13 meses de prisão mas, durante a pena, podia sair de manhã para o trabalho e voltar ao final do dia.

Epstein estava detido desde 6 de julho na Metropolitan Correction Center, em Nova Iorque, onde aguardava julgamento sobre as acusações de tráfico sexual e abuso de menores que recaiam sobre si. Esperava-se que este se realizasse entre junho e setembro de 2020, com a procuradoria a defender que o processo de devia iniciar o mais rapidamente possível devido ao interesse do público pelo caso. O magnata, sobre o qual pesavam também acusações de pornografia infantil, podia enfrentar uma pena de até 45 anos de prisão

As mais recentes acusações, que se reportavam aos anos entre 2002 e 2005, diziam respeito ao pagamento de adolescentes para realizarem atos sexuais nas mansões de Epstein em Manhattan e na Florida.

O milionário apareceu morto na sua cela em Nova Iorque. As autoridades disseram que se tratava de um “aparente suicídio“, mas estão ainda a investigar o caso. Um relatório preliminar dava conta que o corpo do acusado apresentava diversas fraturas no pescoço, consistentes com um suicídio por enforcamento, causa da morte confirmada pela autópsia.

Dois dias antes da sua morte, o magnata assinou um testamento canalizando 577 milhões de dólares (520 milhões de euros) em ativos para um fundo fiduciário.

 

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